A professora da Universidade de Brasília, Stella Maris Bortoni-Ricardo, vai explicar na edição do Ceale Debate, que acontece nesta quinta, 16 de abril, como a sociolinguística pode ajudar os professores a diagnosticar problemas de aprendizado depois da fase de alfabetização. Sua palestra – sob o título "Como a sociolinguística pode nos ajudar a alfabetizar e a ensinar leitura e escrita no período pós-alfabetização" – terá início às 19h30, na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG. A apresentação conterá informações de três pesquisas. A principal delas, coordenada por Stella Bortoni e ainda em andamento, tem o objetivo de analisar a leitura e a escrita de alunos já alfabetizados para mostrar ao professor os erros mais recorrentes, por que eles ocorrem e o que fazer para evitá-los. Para isso, os pesquisadores vão acompanhar um grupo de alunos dos ensinos fundamental e médio durante 18 meses. A pesquisadora afirma que a maioria dos erros ocorre porque a alfabetização foi deficiente. Outro motivo seria o reflexo na escrita das variações orais de certas palavras. Nesse caso, o contexto em que a criança vive é determinante. Ela cita como exemplo a aglutinação incorreta de algumas palavras. “Na frase ‘comi o lanche que a minha mãe tinha me dado’ o aluno escreve ‘me dado’ junto.” Segundo Stella Bortoni-Ricardo, isso acontece porque é assim que a criança escuta. “Queremos dar subsídios para o professor entender o processo de aprendizagem do aluno. A ideia é que ele possa antecipar os problemas e os erros dos estudantes”, explica a professora da UnB. As conferências do Ceale Debate são gratuitas e abertas ao público. Não é necessário se inscrever para participar. As palestras serão transmitidas ao vivo pela Rádio FaE, via internet. Para conferir a programação completa do primeiro semestre do Ceale Debate, acesse www.ceale.fae.ufmg.br.
(Com assessoria de imprensa do Ceale)