A antropóloga Lilia Schwarcz e o físico Ennio Candotti são alguns dos convidados de hoje da 2ª Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia, que acontece na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. Promovida pelo Laboratório de Antropologia das Controvérsias Sociotécnicas (Lacs) da UFMG, em parceria com a Fafich e o programa de pós-graduação em Antropologia, a reunião teve início nesta terça-feira, 19 de maio, e prossegue até o dia 22 de maio. Tecnosciência Também participam da mesa Ivan da Costa Marques, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Ivan Domingues, da UFMG. O primeiro discutirá a respeitabilidade de versões da realidade em disputa no combate à desnutrição infantil no Brasil. O segundo, os paradigmas da tecnociência. O debatedor será Renan Springer, professor de sociologia da UFMG. O dado e as crenças A ciência da religião e a constituição da sociedade é outro tópico em debate, que será abordado pelo professor Emerson Giumbelli, doutor em Antropologia Social e professor da UFRJ. É também co-editor da revista Religião e Sociedade. Já Mariza Peirano, professora da Universidade de Brasília, irá traçar três comentários sobre a antropologia da ciência. Doutora em antropologia pela Universidade de Harvad, Peirano é autora de vários livros, entre eles Três Experiências Contemporâneas (1992), A Favor da Etnografia (1995) e Rituais Ontem e Hoje (2003). Físico também é gente Ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Candotti é professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Ao longo dos anos, dedicou-se aos estudos das simetrias e leis de conservação em física teorica, divulgação científica, epistemologia, educação em ciências, museus e meio ambiente. Todas as atividades são abertas ao público e acontecem no auditório Sônia Viegas, da Fafich. Confira outras informações no site da Reunião.
Hoje, a programação terá início às 9h30, com a mesa Tecnosciência e Sociedade. O professor Rodrigo Ribeiro, do departamento de engenharia de produção da UFMG, contribui para o debate com o tema Manifesto humano: abelhas, “strings” e linguagem, no qual irá abordar o fenômeno de suicídio em massa dos sociólogos e ressucitar a distinção entre 'linguagem das abelhas' e linguagem humana, conforme divulgação do site do evento.
Às 14h, acontece a mesa O dado, as crenças e as linhagens de antropólogos, com a participação de Lilia Schwarcz, Emerson Giumbelli e Mariza Peirano. Doutora em Antropologia Social, Lilia é professora da Universidade de São Paulo e editora da Companhia das Letras, onde coordena as coleções de não ficção. Tem experiência nas áreas de antropologia e história, com ênfase em antropologia das populações afro-brasileiras, marcadores de diferença e história do império brasileiro. Na reunião, discutirá o tema Empresa científica e a construção do dado racial em finais do século XIX no Brasil.
O físico Ennio Candotti ministrará a conferência encerramento das atividades desta quarta-feira, 20 de maio. Em debate, a natureza vista por um físico, a escolha do ponto de vista em que os fenômenos se apresentam com a máxima simplicidade, perspectiva e a janela de observação, entre outras questões.