Dados sobre a presença da Doença de Chagas no semiárido brasileiro serão expostos hoje, às 14 horas, na Sala Hélio Martins de Araújo Costano, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), no campus Pampulha. A pesquisadora Lúcia Maria da Cunha Galvão, professora aposentada da UFMG e professora convidada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), apresentará resultados de estudos sorológicos, biológicos e moleculares do parasita Trypanosoma cruzi naquela região. Com o apoio do CNPq e em parceria com o Laboratório de Biologia do T. Cruzi e Doença e Chagas do ICB, a pesquisadora tem coletado dados sobre o diagnóstico da Doença no Rio Grande do Norte, em comparação a outras regiões do semiárido brasileiro. No ano em que se comemora o centenário da descoberta da Doença de Chagas, o cenário brasileiro na área pode ser considerado positivo, avalia a pesquisadora. Ela conta que em 1991 os países do Cone Sul traçaram estratégia para o controle do barbeiro - inseto transmissor do Trypanosoma cruzi - nas casas. “O Brasil obteve sucesso na campanha, tanto que recebeu em 2006 certificação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) do controle da transmissão vetorial pelo Trypanosoma infestans, que é um tipo de barbeiro”, comenta Lúcia Maria da Cunha Galvão. Contudo, outras espécies do besouro podem assumir a transmissão do protozoário, alerta a professora. O seminário Doença de Chagas no Estado do Rio Grande do Norte é promovido pelo Departamento de Parasitologia do ICB.