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Em cerimônia realizada hoje pela manhã, três municípios que implantaram a tecnologia do Monitoramento Inteligente da Dengue (MI Dengue), desenvolvida pela UFMG, foram premiados pelos resultados destacados no controle da dengue. O MI Dengue é uma ferramenta de monitoramento em tempo real da presença do mosquito vetor da doença, o Aedes aegypti. A UFMG é titular e cotitular do conjunto de patentes da tecnologia, que envolve uma armadilha (Mosquitrap), atraentes específicos (Atraedes) e sistemas informatizados para coleta, transmissão e processamento dos dados. O município de Três Lagos (MS) recebeu o prêmio de “Cidade Modelo” por ter alcançado índice superior a 70% na execução do programa e índice de captura de mosquitos menor que 30% entre janeiro e maio deste ano. A secretária de Saúde do município, Elenir Neves Carvalho, ressaltou a rapidez com que o MI Dengue permite detectar focos da doença. “Essa tecnologia otimiza ações e recursos. Em tempo muito curto, conseguimos detectar um foco gerador da doença e já traçar ações de combate para eliminá-lo, já que o MI faz tudo em tempo real.” Ela relata que, depois de duas epidemias consecutivas de dengue nos anos de 2006 e 2007, que tiveram cerca de 3 mil casos registrados, o uso da tecnologia reduziu significativamente o número de infectados pela doença na cidade. Segundo ela, foram 15 casos registrados o ano passado e 10 casos este ano, até o momento. As cidades de Vitória (ES) e Paraguaçu Paulista (SP) receberam o prêmio “Cidade Vigilante”, pois atingiram desempenho superior a 70% na execução do programa. Transferência de tecnologia O professor do ICB Álvaro Eiras, responsável pela coordenação da equipe de pesquisadores que desenvolveu a pesquisa, destacou que “a parceria universidade-empresa foi fundamental para que a tecnologia fosse transferida para a sociedade”. No Brasil e no mundo Leia mais sobre a tecnologia, em matéria do Boletim UFMG: Campo minado
Durante a cerimônia, a empresa Ecovec, responsável pela comercialização da tecnologia, fez o repasse simbólico para a UFMG dos royalties de licenciamento de uso do MI Dengue.
Atualmente, o MI Dengue está presente em 40 municípios brasileiros e na cidade de Cairns, na Austrália. São mais de 12 mil armadilhas implantadas e mais de cinco milhões de pessoas vivendo nas áreas monitoradas pelo M.I. Dengue. De acordo com o professor Álvaro Eiras, um pesquisador norte-americano passará esta semana na universidade para conhecer a tecnologia e levá-la para estudos em Cingapura.
Municípios mineiros adotam armadilha desenvolvida na UFMG para capturar mosquito da dengue