Espionagem e democracia são temas que marcam a inauguração do Centro de Estudos de Inteligência Governamental da UFMG, que acontece às 20h, no auditório Professor Bicalho da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no campus Pampulha. O Centro é vinculado à Fafich e agrega profissionais de diversos setores e instituições, bem como profissionais ligados aos sistemas de inteligência governamental do Brasil e do exterior. A meta fundamental é produzir uma nova mentalidade relacionada à área de inteligência, em termos de valoração acadêmica, político-partidária, administrativa e, principalmente, em relação à atuação dos profissionais envolvidos com ela. Durante o evento, Priscila Brandão, professora do Departamento de História da Universidade e coordenadora do Centro, vai discutir pesquisa de inteligência no Brasil, enquanto o professor Denílson Feitoza, diretor-geral da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais, vai falar sobre subsídios para um plano nacional de inteligência. Será realizada também uma videoconferência com Marco Cepik, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sobre inteligência e democracia. Segundo Priscila Brandão, os serviços de inteligência são extremamente úteis para a democracia, desde que atuem de forma eficiente e legítima na avaliação de ameaças e contribuam para tornar o processo decisório governamental mais racional e realista. A pesquisa acadêmica pode contribuir, de acordo com ela, como promotora de debates legislativos sobre a regulação da atividade de inteligência, tornando-a mais clara e objetiva, e no processo de capacitação e profissionalização dos atores envolvidos.