Pesquisas realizadas entre 2006 e 2008 sobre atenção primária em saúde serão apresentadas esta semana na 1ª Mostra do Observatório de Recursos Humanos em Saúde, que marca parceria da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (Face) com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, iniciada em 2005. O evento será realizado na sexta-feira, 23 de outubro, a partir das 9h, no auditório da Secretaria (rua Sapucaí, 429, bairro Floresta, em Belo Horizonte). O Observatório vai apresentar pesquisas de mestrado e doutorado, e trabalhos financiados por instituições de fomento. Todos eles investigaram questões de interesse da gestão pública, sob perspectiva acadêmica. Os estudos focalizaram aspectos como avaliação de desempenho de equipes de saúde da família, importância da fixação de médicos para atenção primária de qualidade e informação na gestão pública da saúde. Conheça a programação da apresentação dos trabalhos, após sessão de abertura que terá participação, entre outros, do secretário Marcus Pestana e do professor Allan Claudius Barbosa, da Face. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-7044. 10h 10h40 – Coffee-break 10h50 Atração, retenção e a lógica da gestão de recursos humanos: um estudo sobre os médicos da saúde da família em Belo Horizonte Informação na gestão pública da saúde sob uma ótica transdisciplinar: do global ao local no estado de Minas Gerais Debate
Proposição de metodologia de avaliação de desempenho das equipes de saúde da família e satisfação de usuários – Um desenho elaborado a partir de cidades de Minas Gerais
O trabalho propõe uma metodologia de avaliação de desempenho para as equipes de Saúde da Família a partir de dados de cinco municípios mineiros, com base no modelo de Donabedian, que se apoia nas dimensões de estrutura, processo e resultado. Como referência, os Princípios Ordenadores da Atenção Primária. Foi realizada, concomitantemente, avaliação da satisfação do usuário.
Gestão de recursos humanos na estratégia saúde da família: fato ou ficção?
O objetivo deste trabalho é analisar em que medida a gestão de recursos humanos e o processo de trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde da família impactam positivamente os princípios ordenadores da estratégia Saúde da Família. Para operacionalização do estudo foram escolhidos dois municípios mineiros – Alfenas e Montes Claros –, sobre os quais coletaram-se dados secundários dos profissionais e do processo de trabalho das equipes.
A categoria profissional dos médicos: fatores condicionantes de sua atração e fixação na Atenção Primária à Saúde em Minas Gerais
O contexto de rotatividade dos médicos da atenção primária, principalmente da estratégia de Saúde da Família, ensejou essa pesquisa, considerando que a fixação desses médicos é uma importante questão na articulação dos princípios de uma atenção primária de qualidade, notadamente a longitudinalidade. Buscou-se caracterizar os condicionantes da atração e retenção desses médicos em Minas Gerais, considerando aspectos profissionais e organizacionais, atributos e expectativas pessoais.
O objetivo do trabalho é identificar e discutir, na perspectiva da gestão de recursos humanos, os fatores associados à atração e retenção dos médicos na Saúde da Família em Belo Horizonte, procurando compreender os principais condicionantes das escolhas dos profissionais que determinam sua opção ou não pelo trabalho na Saúde da Família. Foram abordadas cinco dimensões: fatores individuais; organização do trabalho; gestão; condições de trabalho; e cultura e identidade. A análise dos dados buscou confrontar a percepção dos médicos acerca de cada dimensão com os condicionantes de suas escolhas.
O estudo investiga as relações entre a cultura organizacional das secretarias municipais de saúde do estado de Minas Gerais – na perspectiva dos gestores – e o modo como esses agentes lidam com a informação em saúde proveniente de várias fontes. Os resultados mostraram aspectos diversos com relação ao modo como as secretarias tratam as informações em saúde – em consonância com aspectos da cultura do estado e do país, que oscila entre a modernidade e o atraso. Assim, apesar de existir uma relativa independência da cultura organizacional nas secretarias municipais, esta reflete características diversas da cultura global, nacional, regional e local.