Nesta quarta-feira, 4 de novembro, às 9h, alunos de licenciatura do curso de Química da UFMG e estudantes do ensino médio de escolas estaduais de Minas Gerais apresentarão aos vereadores de Belo Horizonte propostas para melhorar a qualidade da água da Lagoa da Pampulha. A visita à Câmara Municipal é uma das etapas do projeto Água em foco: qualidade de vida e cidadania, realizado pela UFMG. A etapa anterior aconteceu na última quarta-feira, 28 de outubro, quando 500 estudantes de escolas públicas de Belo Horizonte participaram de uma aula ao ar livre na Lagoa da Pampulha. Acompanhados por alunos e professores da UFMG, os estudantes do ensino médio coletaram amostras em cinco pontos da lagoa e aplicaram conhecimentos de química para analisar a qualidade da água. Ainda em campo, foram observadas turbidez, PH e dissolubilidade de oxigênio das amostras, que foram comparadas com análises feitas em 2007. Com as informações em mãos, os alunos elaboraram os temas que serão apresentados na Câmara Municipal. De acordo com o Eduardo Mortimer, coordenador da iniciativa e professor da Faculdade de Educação da UFMG, o projeto, criado há quatro anos, tem o objetivo de tornar a ciência mais atraente para os adolescentes, além de capacitar os universitários – futuros professores – para as salas de aula. Os alunos apresentarão aos vereadores questionamentos de custos e prazos estabelecidos pelo governo para despoluir a lagoa. Os adolescentes realizaram estudos que levantaram dúvidas sobre a verdadeira possibilidade de limpar o cartão postal de Belo Horizonte até a Copa de 2014. Outro projeto selecionado propõe novas ações para que a prefeitura devolva aos pescadores uma lagoa despoluída que possibilite o consumo de peixes. “Misturar química e cidadania é o grande foco do projeto”, afirma Mortimer, ao relatar algumas propostas desenvolvidas pelos estudantes do ensino médio. Antes de elaborar as propostas para apresentar aos políticos, os adolescentes realizaram uma série de atividades monitoradas pelos estudantes de licenciatura da UFMG. Os temas surgiram após trabalhos de campo, análises químicas e entrevistas com a população. O projeto tem apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), do governo federal, que financia bolsas de estudos para os universitários e professores das escolas públicas participantes do projeto. (Com assessoria de imprensa da UFMG)