Igor Prado, 13 anos, é membro, desde os 11, do clube de xadrez da Escola Municipal Murilo Rubião. Com a ajuda de uma monitora – e do raciocínio adquirido no jogo de tabuleiro –, ele consegue transformar peças de madeira, aparentemente aleatórias, em um cubo perfeito. Em seguida, fica sabendo que o desafio se torna mais fácil quando se utiliza o teorema de Fermat, equação que intrigou os matemáticos por mais de 300 anos e só foi completamente resolvida em 1994. Na exposição Experimentar a matemática, que acontece no saguão da Reitoria da UFMG, no campus Pampulha, o público é convidado a aprender a disciplina de forma lúdica e interessante. O evento conta com 35 experimentos interativos, além de diversos experimentos virtuais, hospedados no site oficial da exposição (www.experiencingmaths.org/),que podem ser acessados nos computadores que ficam à disposição dos alunos. A exposição Experimentar a matemática é realizada, na UFMG, pelo Centro de Difusão da Ciência, órgão vinculado à Pró-Reitoria de Extensão. Até o dia 13 de novembro, último dia do evento, espera-se que mais de 3 mil pessoas, principalmente alunos do ensino fundamental e médio, visitem a mostra. (Assessoria de imprensa do Centro de Difusão da Ciência da UFMG)
Dayyane Reis, estudante do 8° ano do ensino básico, revela não ter muita afinidade com a matemática. Mesmo assim, aceita o desafio de explicar às amigas como uma pirâmide de probabilidades, outro acervo da exposição, pode auxiliar na compreensão dos sistemas de empréstimo bancário. “Aqui eu percebi que a gente aprende brincando. É melhor do que ter só um professor falando”, ela disse.
De acordo com Ana Cristina Pinheiro, professora da disciplina e uma das organizadoras do evento, a forma como a matemática é apresentada na exposição contribui muito para despertar o interesse dos alunos. “Na sala de aula, a gente fica mais na teoria. Aqui eles podem manusear objetos e formular hipóteses. Assim, experimentam uma matemática mais intuitiva”, afirmou.