Danilo Borges |
Um forno que prepara o almoço utilizando apenas a energia solar e um sistema de aquecimento de água que se vale da chama do fogão à lenha estão entre as ideias apresentadas durante a X UFMG Jovem e a III Feira de Ciências da Educação Básica de Minas Gerais (Feceb-MG), que terminam amanhã, dia 20, no campo de futebol da Faculdade de Educacão da UFMG. Em busca de maneiras de diminuir os impactos da ação humana no planeta, muitos estudantes trouxeram trabalhos criativos e, principalmente, autossustentáveis para o evento. Para um grupo de alunos da cidade de Porteirinha, no Vale do Jequintinhonha, no Norte de Minas, o sol pode ser um importante aliado no combate ao aquecimento global. Utilizando papelão, lã de vidro, papel alumínio e uma placa de metal – todos reciclados– eles construíram o forno solar. Em dias de céu claro, garantem os alunos, é possível cozinhar e assar carnes, legumes, massas e outros alimentos. “Uma porção de arroz fica pronta em, no máximo, 40 minutos”, garante Hugo Rafael, um dos idealizadores do projeto. “Queríamos fazer algo que contribuísse para a redução do aquecimento global. Por isso, escolhemos o ‘forno solar’, que utiliza a energia do sol em vez de fontes não-renováveis, como o gás”, explica o estudante. Panelas de pressão “Quando começamos a pesquisar, descobrimos que já havia o sistema de serpentinas industriais. Mas cada uma delas custa cerca de R$150,00. Nosso aquecedor utiliza panelas de pressão que, além de mais baratas, podem ser removidas e reinstaladas facilmente”, afirma Renato dos Anjos. Segundo os estudantes envolvidos no projeto, o aquecedor é capaz de esquentar uma caixa de 250 litros em aproximadamente 25 minutos. De acordo com a professora que orientou o projeto, Maria do Rosário Silva, o sucesso do trabalho foi surpreendente. “Na cidade, todo mundo conhece o aquecedor. Tem gente que já compra a matéria-prima e depois pede aos meninos que instalem o sistema na casa deles”, conta. (Assessoria de Comunicação do Centro de Difusão da Ciência)
Desenvolvido por estudantes da Escola Estadual São Luis, situada no município de Brás Pires, na Zona da Mata, o aquecedor de água conseguiu, com uma proposta simples e barata, melhorar a vida dos moradores da zona rural. Ao perceberem que grande parte da população dessa área não tinha acesso à energia elétrica, os jovens desenvolveram um sistema de aquecimento que aproveita a chama do fogão à lenha e panelas de pressão para esquentar a água do banho.