O Conservatório UFMG e Daniel Capu apresentam neste sábado, dia 12, às 21h, Cristina Buarque e o grupo Terreiro Grande cantam Candeia (1935-1978). O projeto surgiu a partir de convite do pesquisador João Baptista Vargens para o relançamento de sua biografia sobre o compositor, intitulada Candeia, luz da inspiração. O show, realizado inicialmente em São Paulo em fevereiro passado, foi um grande sucesso, com três dias de ingressos esgotados. O espetáculo resultou na gravação de um CD, que reúne Cristina e o Terreiro Grande, a ser lançado em breve. Os ingressos para a apresentação custam R$ 15, com meia entrada conforme a lei. O Conservatório UFMG fica na avenida Afonso Penas, 1.534, Centro de Belo Horizonte. “Candeia foi um sambista completo. Bom compositor, bom partideiro e bom ritmista É um dos mais respeitados nomes do samba. Deixou uma obra invejável gravada e uma obra inédita enorme”, afirma Renato Martins, do Terreiro Grande. Amigos “Uma roda de samba com eles pode durar oito horas sem repetir o repertório. A música, para eles, é alegria e diversão – todos trabalham em outras áreas – e não existe aquela vaidade e hipocrisia tão comuns hoje em dia”, diz Cristina Buarque sobre os integrantes do grupo.
Candeia
Compositor de importância fundamental, o portelense Candeia foi uma das maiores lideranças do samba, figurando ao lado de Paulo da Portela no panteão máximo da escola. Foi também fundador da Escola de Samba Quilombo, um marco da luta contra a descaracterização do carnaval. Candeia é hoje uma das mais importantes referências de uma nova geração de sambistas, que tem no Terreiro Grande um de seus principais representantes.
No espetáculo, Cristina Buarque e o Terreiro Grande trabalham a fundo em mais uma pesquisa para trazer ao público músicas inéditas ou desconhecidas, além de clássicos imortais como Dia de graça e Portela é uma família reunida (com Monarco), sambas-enredo como Riquezas do Brasil (com Waldir 59) e partidos-altos como Que me dão pra beber.
O grupo Terreiro Grande é formado por amigos que cantam e tocam sambas de compositores antigos ligados a escolas de samba. Eles vêm do Grêmio Recreativo Tradição e Pesquisa Morro das Pedras, da periferia de São Paulo, fundado em abril de 2001 e cujas atividades foram encerradas em dezembro de 2006.