Começa nesta segunda-feira, 5 de abril, a Semana do Calouro Indígena na UFMG, que recepcionará os estudantes aprovados no primeiro vestibular da universidade para indígenas, realizado em março deste ano. As atividades começam às 8h, quando os alunos serão recebidos no saguão da Reitoria no campus Pampulha. À tarde, após almoço no restaurante universitário, eles farão o registro acadêmico e o cadastro na Fundação Mendes Pimentel (Fump). De acordo com programação da Semana divulgada pela Pró-Reitoria de Graduação, na terça-feira, às 9h, no 6° andar do prédio da Reitoria, os estudantes serão saudados pelo reitor Clélio Campolina e pela vice-reitora Rocksane Norton. Em seguida haverá um encontro com a pró-reitora de graduação Antônia Vitória Soares e com diretores do Coltec e do colegiado dos cursos envolvidos. Às 14h eles participam de seminário do curso Formação Intercultural Indígena na Faculdade de Educação da UFMG. As atividades prosseguem na quarta, dia 7. Às 9h, o grupo visita o campus Pampulha. Após as orientações acadêmicas da pró-reitora de Graduação, os estudantes terão encontro com professores da UFMG e antropólogos, às 14h30, no 6° andar da Reitoria. Visitas Nivelamento Os seis cursos foram escolhidos após pesquisa que indicou os cursos de interesse dos indígenas e de avaliação da comissão responsável pela seleção – liderada pela professora da Faculdade de Educação Ana Maria Gomes –, em conjunto com os comitês indígenas de Minas Gerais e estudantes indígenas que estão cursando a formação de professores na UFMG. Durante o primeiro semestre de 2010 os novos alunos vão participar de um curso de preparação e nivelamento ministrado pelo Colégio Técnico (Coltec). As aulas terão foco nas disciplinas básicas da área de graduação e na apresentação da estrutura da Universidade. Os estudantes também terão auxílio financeiro e moradia, oferecidos por meio de parceria com a Funai e outros órgãos governamentais. Para garantir os recursos necessários para bolsas e outras despesas dos cursos, a Universidade assinou convênio com a Funai e com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação. A UFMG também criou uma Comissão de Acesso e Permanência Indígena, em parceria com a Funai, e cada um dos indígenas terá um professor tutor e acompanhamento com antropólogos. Após o término do curso, eles atuarão em suas comunidades, compromisso assumido no ato da inscrição na UFMG. Os indígenas que estudarão em Montes Claros ficarão na Moradia Universitária e, em Belo Horizonte, o aluguel será coberto com recursos da Secad. Acesse aqui a programação completa do evento. (Com assessoria de comunicação da UFMG)
A manhã da quinta-feira, dia 8, está reservada para a visita ao campus Saúde, às 9h30. Às 14h30 eles visitam o Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O passeio no complexo arquitetônico da Pampulha está previsto para a manhã de sexta-feira, seguido de piquenique no Centro Esportivo Universitário (CEU). Às 14h haverá um encontro com representante da Funai, no 6º andar Reitoria.
Na primeira edição do vestibular para indígenas na UFMG foram oferecidas 12 vagas para os cursos de medicina, enfermagem, odontologia, ciências biológicas e ciências sociais, em Belo Horizonte, e agronomia, em Montes Claros. Dos dez indígenas que estudarão em na capital mineira, oito são de Minas Gerais, um é da Bahia e um do Espírito Santo, das etnias xakriabá, pataxó, tupiniquim, tuxá e krenak.