Universidade Federal de Minas Gerais

Estudo aponta influência das religiões sobre gravidez em adolescentes

terça-feira, 27 de abril de 2010, às 8h00

Adeptos de diferentes religiões têm comportamentos diversos quando se trata de gravidez e casamento na adolescência, segundo números extraídos do Censo 2000. A comparação de percentuais de adolescentes que tiveram filhos entre batistas, protestantes, pentecostais e católicas, de acordo com estudo que será apresentado durante o Seminário sobre Economia Mineira (Seminário de Diamantina), em maio, constata que jovens da religião batista e afiliadas a outras igrejas protestantes tradicionais apresentam os menores índices.

Sob o título Deus dá, Deus tira, o estudo, que começou a ser desenvolvido durante o doutorado da pesquisadora Luciene Longo, no Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, e o pós-doutorado de Paula Miranda Ribeiro, professora da mesma Unidade, analisou amostra de 119.978 mulheres de 15 a 19 anos, em Minas Gerais. Destas, 14.175 tinham filhos e, deste grupo, 7.181 deram à luz nos 12 meses anteriores ao Censo.

Segundo os dados obtidos, 80,7% das adolescentes do estado se declaram católicas. E 11,7% delas têm filhos. Já entre as jovens que se declararam sem religião, uma em cada cinco haviam tido filhos. As batistas e vinculadas a outras igrejas protestantes – cerca de 4% da população – têm dois terços da chance das católicas de ter filhos durante a adolescência. Mas as jovens filiadas à Igreja Universal do Reino de Deus seguem caminho inverso, apresentando chance 30% maior que a das católicas de gerar filhos ainda bem jovens.

Análises
Os dados são claros, mas as causas ainda não. Para Luciene Longo, que é analista socioeconômica do IBGE, diversos fatores podem influenciar as taxas de fecundidade. “É preciso cuidado ao analisar os dados, pois os filiados a igrejas protestantes e pentecostais, por exemplo, podem vir a se casar mais cedo e constituir famílias ainda muito jovens. Os filhos nascidos de pais entre 15 e 19 anos não são, portanto, necessariamente resultado de descuidos. Podem ter sido planejados”, afirma a pesquisadora.

Outros fatores como a escolaridade e a idade podem, ainda segundo Luciene, exercer influências nos resultados. “A proporção de adolescentes com filhos é consideravelmente maior nos grupos de menor escolaridade”, relata. A incidência de gravidez é de uma em cada quatro mulheres para quem tem quatro anos de estudo ou menos, cerca de 25%. Em contraste, entre as mulheres com oito anos de estudo, uma em cada doze tem filhos, ou cerca de 8%. No caso da idade, a relação de crescimento é direta. A porcentagem sobe de 2% aos 15 anos para 25% aos 19.

A pesquisa tem um aspecto inovador: a divisão dos dados em mesorregiões. Até então, segundo Luciene, nenhum estudo brasileiro havia focado sua análise na fecundidade adolescente e religião em divisões regionais. “Esse critério facilita o direcionamento de políticas de aproximação social e de campanhas de saúde”, explica a pesquisadora..

Acesse aqui a reportagem completa, publicada na edição 1692 do Boletim UFMG.

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