O anúncio da criação de um centro de memória sobre o Vale do Jequitinhonha, lançamento de seis livros, conferência e música marcaram a abertura, nesta quarta-feira, 9, do Seminário Visões do Vale 5 - Jequitinhonha: desenvolvimento e sustentabilidade, que acontece até amanhã no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, no campus Pampulha. A conferência de abertura foi proferida pelo pró-reitor de Extensão, João Antônio de Paula, com o tema Desenvolvimento e sustentabilidade: perspectivas teóricas e dimensão prática. Ao fazer um retrospecto do panorama histórico, político e social do Brasil desde 1850, João Antônio de Paula destacou questões de urbanização, industrialização e modernização. “Pensar no desenvolvimento, é pensar num processo histórico complexo, que deve levar em conta singularidades e especificidades regionais, além de provocar mudanças estruturais na sociedade”, disse. O pró-reitor chamou atenção ainda para desafios que a sociedade enfrenta, no que tange ao desenvolvimento e à sustentabilidade, para os quais é fundamental que o Estado encontre soluções eficazes. “Além da distribuição de riquezas é preciso que a sociedade se mobilize no sentido de se apropriar de um conjunto de novos códigos, novas tecnologia, novos símbolos, pois um modo alternativo de pensar o desenvolvimento é algo que consiga compatibilizar o econômico e o sustentável”, alertou. João Antônio destacou a extensão universitária como forma imediata de inserção nas comunidades onde a UFMG atua. “A extensão é uma via de mão dupla, que permite o diálogo da pesquisa e do ensino com a sociedade viva. Dessa maneira, é possível pensar o desenvolvimento como explicitação do que somos, um desdobramento de nossos valores e potencialidades”, finalizou. Lançamentos Além dos livros também foi anunciado que o Centro de Documentação, Pesquisa e Memória (Cedoc) da Faculdade de Educação, está se preparando para abrigar espaço que vai reunir e divulgar informações e materiais produzidos sobre o Vale do Jequitinhonha. De acordo com o bibliotecário Ricardo Miranda, o objetivo é ser espaço de referência sobre o Vale, reunindo informações de extensão e pesquisa da região. “A expectativa é que a Coleção Jequitinhonha seja um depósito bibliográfico da produção intelectual de toda a UFMG sobre o Vale e seja ainda um instrumento para pesquisa científica e a memória da extensão universitária naquela região”, disse. Fechando a programação da parte da manhã, o projeto Quarta doze e trinta levou à praça de serviços, no campus Pampulha o show Flor do Jequi com o Trio Toré. O Seminário Visões do Vale 5 prossegue nesta quinta-feira. A programação completa está disponível no site do evento. Outras informações pelo telefone (31) 3409-4067. (Assessoria de Comunicação da Proex/UFMG) Zirlene Lemos
Logo após a conferência, foram lançados seis livros: Diagnóstico Socioeconômico do Vale do Jequitinhonha - Confiança, Redes Sociais, Inovação e Desenvolvimento Local, de Weber Soares; Vale do Jequitinhonha: Formação Histórica, Populações e Movimentos, de João Valdir Alves de Souza e Márcio Henriques Simeone (Orgs.); Estigma, de Antônio Patente; Memórias de Itinga, de José Claudionor dos Santos Pinto; Recontos do Jequitinhonha, de Carolina Antunes; Na Trilha Guerreira dos Borum, de Geralda Chaves Soares e Estórias de Luz - Narrativa Fotográfica do Vale do Jequitinhonha, de Marcelo Oliveira.
O Cedoc também vai receber doações de livros, publicações e matérias jornalísticas sobre o Vale do Jequitinhonha. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3409-5302 ou pelo e-mail cedoc@fae.ufmg.br.
A programação também inclui apresentação de trabalhos sobre a Região