O Poder Judiciário tem crescente relevância pública e política no país, e por isso suas ações devem ser cada vez mais transparentes, segundo o cientista político e professor da UFMG Leonardo Avritzer, coordenador do Observatório da Justiça Brasileira. O projeto, que é parceria do Ministério da Justiça e da Universidade e entrou em funcionamento na última semana, vai incentivar a produção de pesquisas sobre o sistema e subsidiar o Ministério na elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas. O Observatório conta com recursos iniciais de R$ 550 mil, repassados pelo Ministério. A sede do projeto será localizada na UFMG, que vai atuar em conjunto com instituições como a UnB, a UFRJ e o Ipea. Professores e alunos vão trabalhar em cinco linhas de pesquisa: a judicialização e o equilíbrio de poderes no Brasil; penas alternativas e justiça criminal; acesso ao direito e à Justiça; nova geografia da Justiça; e recrutamento e formação de magistrados. De acordo com Avritzer, prevê-se que a parceria seja renovada dentro de 12 meses, com aporte de novos recursos e encomendas de novas pesquisas. O conselho científico do Observatório da Justiça reuniu-se na última quinta-feira, no campus Pampulha da UFMG, com a presença do secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Rogério Favreto. Em fevereiro de 2010 foi assinado o termo de cooperação para apoiar a estruturação, implementação e manutenção do Observatório no campus da UFMG. O projeto é fruto de três anos de trabalhos da secretaria, que contou com parceria do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal). (Com informações da Agência Brasil)