Os professores Benjamim Rodrigues de Menezes, do Departamento de Engenharia Eletrônica, e Alessandro Fernandes Moreira, do Departamento de Engenharia Elétrica, tomam posse nesta segunda-feira, 28, às 18h, respectivamente como diretor e vice-diretor da Escola de Engenharia. O desafio de administrar a maior unidade acadêmica da UFMG – com 13 departamentos, 11 cursos de graduação, 11 de especialização e dez programas de pós-graduação – é tarefa que precisa ser realizada com base em um projeto coletivo, afirma Menezes. “Pretendemos motivar o maior engajamento da comunidade acadêmica, para fortalecer a representação de professores, alunos e funcionários”, completa. Em seu plano de trabalho, discutido com a comunidade da Escola, os novos diretores deram ênfase à gestão administrativa participativa, com a finalidade de implantar uma cultura institucional de acompanhamento e avaliação de desempenho, em todas as instâncias e segmentos da Escola, como apoio ao planejamento estratégico – estabelecimento de prioridades e a definição de metas e ações – e à tomada de decisões. “Mas a direção de uma unidade acadêmica não pode se voltar apenas para o aspecto administrativo, pois a gestão acadêmica é fundamental. Prioridade maior da nossa Instituição é o ensino público de qualidade, pois o ensino é a própria razão de ser da Universidade”, comenta o novo diretor, ao citar o estatuto da UFMG para ressaltar que a instituição “tem por objetivos precípuos a geração, o desenvolvimento, a transmissão e a aplicação do conhecimento por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma indissociável entre si e integrados na educação do cidadão, na formação técnico-profissional, na difusão da cultura e na criação filosófica, artística e tecnológica”. E acrescenta: “Somos guardiões do ensino público e de qualidade, do desenvolvimento incessante da pesquisa e da parceria com a sociedade através da extensão, tendo como fonte reguladora os órgãos colegiados da instituição”. Escola centenária Com relação ao déficit de engenheiros no país, Benjamim Rodrigues de Menezes afirma que a Escola deve ampliar sua atuação decisiva no desenvolvimento tecnológico brasileiro, que depende muito das universidades, uma vez que praticamente todos os doutores do país estão nessas instituições”. Currículos Alessandro Fernandes Moreira é bacharel e mestre em Engenharia Elétrica pela UFMG, e PhD em Engenharia Elétrica pela University of Wisconsin-Madison, Madison, Wisconsin (EUA). Professor do Departamento de Engenharia Elétrica desde 1993, foi coordenador do curso de graduação em Engenharia Elétrica e do Conselho de Coordenadores de Cursos de Graduação da Escola de Engenharia. Como pesquisador, tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em automação eletrônica de processos elétricos e industriais, atuando principalmente nos temas eletrônica de potência, filtros para sobre-tensão, filtros para dv-dt, acionamentos pwm com cabos longos e acionamentos industriais.
O novo diretor destaca que a Escola de Engenharia prepara-se para completar, em 2011, um século de fundação. “Dizem que as instituições centenárias têm grande impacto na vida do país, e temos consciência dessa responsabilidade, mas é também uma grande honra podermos estar aqui para liderar, nos próximos quatro anos, as grandes transformações por que a Escola deverá passar”, declara Menezes, que é professor da Escola desde 1979.
Benjamim Rodrigues de Menezes é bacharel em Engenharia Elétrica pela UFMG, tem mestrado em Engenharia Elétrica pela UFRJ e doutorado na mesma área pelo Institut National Polytechnique de Lorraine (França). Coordenou o Programa de Pós-Graduação Em Engenharia Elétrica por quatro gestões, foi diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG e diretor-presidente da Fundação Christiano Ottoni, entre outros cargos.
Atua na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico, principalmente nos temas controle por modos deslizantes, acionamento de motor de indução, diagnóstico de falhas de sistemas dinâmicos complexos e análise da confiabilidade de processo industriais. Tem participado como coordenador e como colaborador de projetos de pesquisa e desenvolvimento com várias indústrias siderúrgicas, petróleo e gás e de energia.