Está disponível online a edição de agosto do periódico 2010 Em Debate, que trata do horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. A publicação mensal, apenas em formato eletrônico, é vinculada ao Grupo de Pesquisa Opinião Pública, Marketing Político e Comportamento Eleitoral, sediado na UFMG. O editorial da edição lembra que o processo eleitoral brasileiro é objeto de estudo em todo o mundo e a partir de diferentes óticas. E um dos componentes da disputa que mais chamam a atenção é o horário gratuito, especialmente no pleito de 2010, o primeiro sem Lula como candidato desde a redemocratização. Artigo de Luiz Lourenço, professor da Universidade Federal da Bahia, discute a importância da campanha, em especial a veiculação do horário gratuito, na decisão do voto. O professor da Universidade Federal do Paraná Emerson Cervi, por sua vez, apresenta a propaganda obrigatória como importante delineador das eleições, uma vez que é fonte de informação para os eleitores. Elites de Minas A seção Resenha trata do livro Opinión pública – Una mirada desde América Latina, organizado por María Braun e Cecilia Straw e comentado por Nélida Archenti, professora da Universidad de Buenos Aires. Os capítulos são resultados de trabalhos apresentados em congresso latino-americano da Wapor (World Association for Public Opinion Research, ou associação mundial para pesquisa sobre opinião pública).
O papel da mídia nas campanhas eleitorais é o aspecto abordado por Luiz Ademir de Oliveira, da Universidade Federal de São João del-Rei. Para ele apesar de não estarem necessariamente vinculados, o jornalismo e a lógica midiática impactam a construção das estratégias de campanha política.
Felipe Borba, doutorando pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a jornalista do Estado de Minas Bertha Maakaroun são outros articulistas da edição do Em Debate. Na seção Opinião, o professor da Faculdade de Direito da UFMG José Luiz Borges Horta evoca a memória política de Minas, destacando as articulações históricas das elites políticas do estado para oferecer compreensões do desenho que as urnas de 2010 apontariam para o futuro de Minas.