Nesta terça, às 10h, a artista Ângela Vidigal faz palestra no espaço de Leitura e Lazer da Biblioteca Universitária, sobre o processo de criação de seu trabalho, em exposição, no local, até o dia 7 de outubro. Ângela vai abordar as questões postas por sua mostra a partir do próprimo nome: Objeto amado: vanitas. Ela observa que, ao fotografar porcelanas, teve contato com o mundo dos colecionadores e percebeu a centralidade do objeto. “Para os colecionadores, as porcelanas eram objetos amados, obsessões, e foi somente conquistando a confiança dessas pessoas, que tive acesso a peças antigas.” relata. A artista explica que, por meio das fotografias, foi possível criar narrativas, que cada observador percebe de uma forma. Vanitas remete ao termo latino que quer dizer vaidade, ou a vaidade do homem de se considerar eterno. “Houve um perído na arte holandesa em que os artistas pintavam frutas deteriorando-as, para lembrar ao homem que ele um dia vai morrer, que não é eterno.” conta Ângela. A artista segue essa mesma proposta em seu trabalho, ao expor, simultaneamente, figuras vivas celebrando, consumindo vinho, e outras que expressam a finitude dos objetos. “O bordado que vai se rasgando, a flor que murcha.”, completa. Ângela Vidigal fez ateliê de pintura e de desenho, já realizou ilustração de livros e de contos publicados no Suplemento Literário de Minas Gerais, além de ter atuado como arte-educadora em clínicas terapêuticas e institutos educacionais. Entre as exposições já realizadas pela artista estão mostras na Galeria de Arte da Copasa, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Biblioteca Estadual Luiz Bessa e Centro Cultural da UFMG. A exposição é uma parceria do projeto Linha da Escola de Belas-Artes, com a Biblioteca Universitária, no campus Pampulha. O horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h.