Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais e também em alguns estados, o periódico eletrônico 2010 Em Debate aborda os primeiros resultados das eleições deste ano e a configuração das forças parlamentares e de alguns governos estaduais. A publicação, segundo seu editorial, questiona os rumos do país e da política brasileira, considerando o momento histórico em que novos valores político-sociais emergem e têm a possibilidade de se afirmarem nas urnas. O periódico é iniciativa do grupo de pesquisa Opinião Pública: Marketing Político e Comportamento Eleitoral, vinculado ao Departamento de Ciência Política (DCP) da UFMG. Paolo Ricci, professor da USP, e Fernando Guarnieri, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, escrevem sobre a aparente fraqueza dos partidos políticos no Brasil, inferida da forte personalização das campanhas eleitorais. Maurício Michel Rebello, da Universidade Federal do Rio Grande do Coalizões Alan Freire de Lacerda, professor da Universidade Federal do Rio O texto de Heloísa Dias Bezerra, em tom mais crítico, questiona os rumos do Brasil após as eleições de 2010, levando em conta os caminhos tomados pelas retóricas de campanhas e as configurações políticas. Professora da Universidade Federal de Goiás, ela retoma, ainda, as questões de gênero – pouco evidenciadas no cenário político brasileiro – e o papel da mídia sobre as decisões do eleitor. Na seção Opinião, Eduardo Meira Zauli, professor da UFMG, discute a possibilidade de convocação de uma Constituinte exclusiva dentro dos próximos anos. A seu ver, os novos eleitos não devem ter autoridade legislativa plena.
Sul, descreve, por sua vez, a mudança nas forças que atuam dentro do Congresso, a partir de análise da composição do Legislativo Federal nas eleições de 2002 a 2010.
A partir da abordagem do aspecto federalista brasileiro, o professor da UnB André Borges revê antigas hipóteses sobre os poderes locais dos governadores. Em outro artigo, Glauco Silva, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, trata dos desafios que o próximo presidente eleito enfrentará em seu mandato, que se referem ao próprio funcionamento do sistema político brasileiro, o qual requer a formação de coalizões.
Grande do Norte, estuda o contexto eleitoral em seu estado, descrevendo as disputas para o Senado e para o executivo.