Enquanto na maioria das mostras de arte o aviso é para não tocar nos objetos, na exposição Tocar e Sentir, da artista-educadora Eni D’Carvalho, o apelo é exatamente o contrário. Voltado principalmente para deficientes visuais, o trabalho foi concebido para ser apreciado pela audição, visão e, sobretudo, pelo tato. Na mostra, que será inaugurada nesta quinta-feira, 11 de novembro, às 17h, texturas, formas, relevos, sons e cheiros são usados para estimular os sentidos. “O mundo está voltado para o visual, se preocupa e está focado nele, por isso busco a inclusão total, irrestrita e incondicional,” defende Eni. Conhecida como pintora da luz, a artista busca uma nova postura cultural diante dos portadores de necessidades especiais. Em 2006, criou a Vaquinha CosmoBraille para a CowParade, na qual bolinhas de gude criaram a textura em todo o úbere, bicos de borracha de mamadeira fizeram a terminação das tetas, enquanto o rabo foi representado por pêlo verdadeiro de animal e um colar produziu sons. Além desses recursos, para que o deficiente compreenda melhor a arte tocada, junto a cada obra há textos em Braille. Para os demais visitantes são disponibilizados textos a tinta. A exposição Tocar e Sentir é promovida pela Biblioteca Universitária, Biblioteca Central e Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV) da Fafich e pode ser visitada até o dia 10 de de dezembro, das 7h30 às 22h30, na Biblioteca Central, campus Pampulha. Serviço (Com assessoria de comunicação da Biblioteca Universitária)
Exposição Tocar e Sentir
Abertura: 11 de novembro, às 17h
Visitação: até 10 de dezembro, de segunda a sexta, das 7h30 às 22h30
Local: Biblioteca Central da UFMG, campus Pampulha.
Informações: 3409-4613