A Diretoria do Instituto de Geociências (IGC) informa a morte do professor Carlos Maurício Noce, 52 anos, ocorrida no último sábado, 13 de novembro, em consequência de infarto. Noce era docente do Departamento de Geologia. “A UFMG perdeu, repentina e prematuramente, um professor e cientista de destaque nos cenários nacional e internacional”, afirma Antônio Carlos Pedrosa Soares, professor do mesmo departamento. “Noce tornou-se admirado pelos estudantes de graduação e pós-graduação, além de seus amigos, colegas e colaboradores. A UFMG e a Ciência perderam um grande colaborador e, nós, amigos, colegas e estudantes, perdemos um companheiro insubstituível”, completa. Graduado em Geologia na UFMG, em 1980, após breve período como geólogo da Petrobras, ingressou no corpo docente da Universidade, em 1982. “Mesmo antes de obter o doutorado (USP, 1995), Noce sempre se destacou pela atividade científica, o que fez dele um bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq durante quase 15 anos”, conta Pedrosa, ao lembrar que Noce trabalhou em parceria com muitos colegas da UFMG, de outras instituições brasileiras e estrangeiras, como as universidades de Montreal e Toronto. Segundo Pedrosa, Noce dedicou-se principalmente à geocronologia pelo método U-Pb, “mas foi também um excelente geólogo de campo, como demonstram os muitos artigos científicos e mapas geológicos dos quais é autor, além de quase uma centena de trabalhos em eventos científicos”, enumera Pedrosa, ao destacar que Carlos Maurício Noce era “pessoa de inteligência ímpar, memória excelente – para a Geologia, História, Geografia e casos da vida, mas nunca para coisas miúdas do dia a dia - e de um humor contagiante”.