Universidade Federal de Minas Gerais

Fotos: Sara Grunbaum
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Paulo Roberto Aranha: o solo de Minas ainda é desconhecido


Abalos sísmicos de baixa intensidade no país não deveriam limitar investimentos em geofísica, analisa professor da UFMG

quarta-feira, 16 de março de 2011, às 8h00

A dimensão das consequências e as discussões sobre o tsunami que afetou o Japão não param de se ampliar. Exemplo disso já se estampava na edição on-line da revista Nature News do dia 11 de março, em comentário de quatro especialistas da medicina sobre a reportagem More earthquakes expected in Japan, que relatava o acontecimento.

O comentário em questão sugeria maior atenção de estudiosos à suposta associação entre aumento da frequência de terremotos e a perfuração e extração de óleo e gás em locais onde há instabilidade causada por falhas nas camadas da terra. “Há pequenos tremores decorrentes de interferências na rocha, mas o argumento não tem validade para eventos de grande magnitude”, resumiu ao Portal da UFMG o professor do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Paulo Roberto Aranha.

O pesquisador passou a última semana se esforçando em responder questões semelhantes de toda a imprensa mineira, em busca de entendimento para os recentes eventos sísmicos. Refletindo sobre aspectos técnicos desses fenômenos, ele aborda, na entrevista a seguir, as razões de tremores também em Minas Gerais e do incipiente desenvolvimento de sua área profissional no país, que impõe limites ao conhecimento geológico local. “Há apenas 40 anos foram criados os primeiros cursos de pós-graduação no Brasil”, historia.

Considera factível a hipótese que correlaciona frequência de abalos ao aumento de perfuração de reservatórios de petróleo e gás?

Na indústria de petróleo utilizam-se diversos materiais para retirar o óleo. O procedimento consiste em injetar, por exemplo, água e ar – e até produzem fogo – nos reservatórios de petróleo. Em geral, quando a estrutura de um reservatório é modificada, podem ocorrer sismos. Mas eles são de pequena magnitude e localizados na área em torno do poço. Ora, se isso vai desencadear sismos maiores, de oito graus na escala Richter, é uma hipótese muito complicada porque não há comprovação de que haja essa relação direta e imediata entre os fatos. Sabemos que todo o sistema natural é conectado. Mas isso não significa que uma mudança no equilíbrio local de um sistema vá interferir tão rapidamente num outro ambiente. O processo demanda tempo.

Isso significa então que esses pequenos sismos acontecem independentemente de a escavação ser feita em locais de instabilidade, como o Japão. Suponha a perfuração da camada de pré-sal no Brasil, onde há maior estabilidade da placa: a ação provocaria tremores?

Vamos voltar um pouco no entendimento da questão. Uma série de atividades gera sismos. Exemplificando, as barragens de água induzem sismos porque elas mudam a estrutura de suporte, ou melhor, o estado de tensão do maciço rochoso onde se encontra. Quando a água é represada, o nível freático sobe e esse aumento ocasiona diminuição da pressão efetiva que o material rochoso suporta. No processo posterior, ele vai se acomodar e depois romper; aí gera sismo. Eles são pequenos, porém pode acontecer algum maior, de até cinco ou seis graus na escala Richter, apenas em volta da barragem. Mas a barragem é feita para responder a esses inúmeros tremores que vão ocorrer.

Acomoda em qual escala de tempo?

Temos de lembrar que a Terra tem 4,5 bilhões de anos. Isso significa que 20, 30 ou 100 anos para o planeta é nada. É como se não houvesse diferença para ele e essas datas fossem tempos simultâneos. Para a nossa escala de tempo, 30 ou 40 anos parece muita coisa. Mas para a Terra não é nada.

Seria esse o período de tempo para a acomodação?

Exato. Então, essa acomodação ocorrendo em 30, 40 anos para a Terra não é nada. Está acontecendo tudo ao mesmo tempo para ela, considerando as duas datas.

No caso das hidrelétricas...

Sim.

E no caso da perfuração de poços?

Vou chegar nesse ponto. Existem também sismos gerados por minerações subterrâneas porque, da mesma forma é modificado o estado do maciço rochoso. Se houve escavação onde havia rocha, a estrutura foi alterada e logo haverá sismo. Muito pequeno, diga-se, e na área que está sendo afetada. Então, o mesmo processo vai acontecer no reservatório de petróleo: retira-se material, ocorre o sismo – também relacionado ao estado de tensão dali; tudo localizado na área de extração do óleo. Claro que no caso do petróleo a área é maior, mas ainda assim o tremor vai estar relacionado a essa área maior, não vai sair de seu raio, algo de no máximo 50 quilômetros. Repetindo, portanto, se a gente pensar na escala de tempo da Terra, é óbvio que essas pequenas modificações que estão acontecendo nela, no final, vão gerar médias e grandes mudanças. Mas isso em um milhão, dois milhões de anos.

O senhor fala de um processo de reacomodação natural...

Sim. Nós temos também o processo de erosão que ocorre naturalmente e a partir dele surge, nos continentes, mudança na composição de forças tectônicas que influencia a região. Então vão acontecer alguns sismos. Mas isso num prazo de centenas de milhares anos. Essas mudanças não são tão rápidas.

Os reservatórios marinhos de onde o petróleo é retirado são preenchidos posteriormente?

Em geral o espaço é preenchido com água sob pressão, ou então por ar. Uma pequena mudança ali só vai se refletir daqui a milhões de anos.

Os autores do comentário não afirmam que as perfurações sejam causa de tsunamis e terremotos, mas que poderiam acelerar a frequência de sua ocorrência, se passarem a ser feitas em maior escala em regiões instáveis geologicamente.

Não se conhece esse tipo de correlação. Além disso, dificilmente há petróleo nessas áreas problemáticas.

E gás?

Que eu saiba, também não tem.

Naquele área do Pacífico não há extração expressiva de petróleo?

Não estou me recordando de nenhum grande produtor, mas a China tem petróleo e extrai.

Então o argumento não faz sentido.

Não faz sentido. A Árabia Saudita extrai quantidade absurda de petróleo. Se fosse o caso de algum reflexo mais amplo, já teria ocorrido algo nas proximidades do Oriente Médio.


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O fenômeno desse tsunami e suas sequências estão trazendo elemento novo, em termos de conhecimento, para a área de geofísica? Porque o evento do mundo real é uma situação de pesquisa empírica para vocês...

O que acontece é que, como a informação circula em grande velocidade, qualquer fato de uma certa dimensão passa logo para todo o mundo. É provável que se o terremoto que ocorreu na Califórnia, destruindo a região, no início do século passado, fosse hoje, ele ganharia uma dimensão absurdamente grande. Outro destruiu Tóquio também na década de 1920. Esses tremores antigos desencadearam os estudos. Os novos estão propiciando informações a respeito das estruturas internas da Terra: a crosta, o manto, o núcleo externo, o núcleo interno.

Mas não há diferenças também quanto ao aumento de dados disponíveis para investigações na academia?

Sim, atualmente com o aumento do número de estações registradoras de eventos ao redor do mundo, a quantidade de dados disponíveis para os pesquisadores estudarem o interior da Terra, faz com que o conhecimento sobre o interior da Terra seja cada vez mais avançado.

O fenômeno não acrescenta tanto ao planeta...

Não. Você pode imaginar o seguinte: há algumas mudanças climáticas, mas até que ponto elas vão interferir em outros processos naturais, não se sabe. Seria como dar um chute dizer que existe a correlação direta: está mudando o clima, vamos ter mais terremoto.

Mas a atividade no núcleo da Terra não tem impacto no clima?

Sim, mas é preciso levar em consideração que a Terra tem um raio de 6,3 mil quilômetros. É muita coisa. O que acontece na crosta, que tem 40 quilômetros de profundidade, é muito pouco para produzir consequências imediatas no interior da Terra. O que vai interferir mais é de dentro para fora. Então, o que está acontecendo lá embaixo, o que está acontecendo há milhares, milhões de anos, continua. Devido à magnitude das forças que estão ocorrendo dentro da Terra, não é factível pensarmos que algumas mudanças aqui em cima vão interferir lá. . O que temos é que as mudanças na superfície da Terra, que são provenientes das forças no seu interio, refletirão no clima, porém num espaço de tempo maior – milhares a milhões de anos.

Então, para a ciência, o fenômeno não tem acrescentado nada em termos de conhecimento?

Bem, estamos sempre aprendendo sobre a Terra. E esses tremores nos ajudam a conhecê-la mais. Porém, em termos de previsão de onde eles vão ocorrer, se a mudança climática, se a mudança de nosso comportamento aqui em cima está influenciando lá embaixo, com certeza é especulação.

As tecnologias destinadas a esse tipo de previsão também não são favorecidas?

A comunidade geofísica está estudando outras informações para tentar chegar a alguma correlação entre o estado de tensão de um maciço rochoso, suas mudanças e a ocorrência de terremoto no local.

De que maciço fala?

A rocha em geral. Pode ser a rocha debaixo do mar ou em terra. Quando aumenta o estado de tensão, amplia-se um pouquinho o fluxo de seus fluidos internos. Isso pode desencadear pequena mudança no campo magnético da Terra, uma resposta eletromagnética que esse material pode ter, gerando alguma corrente elétrica. Isso pode indicar a mudança no estado de tensão, podendo “predizer” a possibilidade de um terremoto.

Então seria possível medir e monitorar esse dado?

Medir e tentar monitorar. Há então esse tipo de estudo, mas também não se chegou a nada conclusivo. O que o pessoal do Japão faz é monitorar os choques anteriores e posteriores de um sismo para verificar se vai haver um evento maior. Mas também não é uma correlação direta.

Como em qualquer parte do mundo o brasileiro e a imprensa brasileira se interessaram pela tragédia e pelo evento natural, apesar de não ser uma realidade nossa. A academia estava preparada para responder a esse interesse? O senhor, por exemplo, recebeu uma demanda grande da imprensa...

É provável que se houvesse tremores persistentes e de maior impacto por perto, a academia desenvolveria a área de sismologia muito rapidamente. Assim como aconteceu em João Câmara, no Rio Grande do Norte. O local sofreu muitos tremores, afetando casas e assustando a população. Mas num prazo de 15 anos a região ganhou um centro sismológico. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte tem uma área de geofísica ligada à sismologia devido a esses eventos. Mas é preciso dedicação completa em todas as horas de 365 dias do ano nesse trabalho – monitorando, por exemplo, o funcionamento de equipamentos para poder começar a estudar. Como isso sai caro e não é a realidade premente nossa fazer estudos sismológicos para edificar construções de forma adequada, ou prevenir perdas na infraestrutura urbana; como não há tal demanda, essa área não se desenvolve muito aqui em Minas Gerais.

O IGC produziu estudo de mapeamento de falhas geológicas de Minas Gerais. Essas falhas em algum momento podem produzir consequências...

As falhas geológicas significam que em todas elas houve terremoto associado. Então temos falhas recentes, que são reativadas, e temos falhas antigas em que houve tremor há dez ou 20 milhões de anos.

O que significa recente, nesse contexto?

Recente para nós em geologia é coisa de um a dez mil anos para cá. Dez milhões de anos foi ontem. Mas veja: há cinco anos ocorreu tremor aqui em Macacos, em Montes Claros, em Itacarambi, onde, infelizmente, morreu uma pessoa. E já houve tremores em Pedro Leopoldo, Barbacena e Itaobim, em função dessa história de a Terra estar sob tensão, se apertar: o material não suporta e quebra.


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Quando houve esses tremores na região Norte de Minas, foi uma surpresa para muitos. Mesmo porque é bastante veiculada a ideia de o país estar a salvo das grandes catástrofes naturais, como terremotos. Qual é o papel da academia nesse desconhecimento do público? Não há investimentos na área ou há ausência desses fenômenos?

Não há ausência do fenômeno. Acho que ele é relegado a um plano inferior de importância porque é de pequena intensidade, ainda que ocorra o tempo todo. Como os tremores não afetam as pessoas de maneira incisiva, o máximo que ocorre é elas sentirem medo, como naquele sismo em Montes Claros, no final de década de 1990. As pessoas ficaram apavoradas e diziam que havia chegado o fim do mundo. Agora, a região sofreu novo sismo. É natural. A terra treme. Fala-se que o fenômeno está aumentando, mas isso não é real. Ocorre que hoje temos mais equipamentos para perceber e registrar os tremores para fins de pesquisa.

O senhor é geofísico. Como é a formação nessa área?

A formação ocorre nas áreas de geologia e física, por isso se chama geofísica. Mas só nos últimos 20 anos é que começaram os cursos de graduação em geofísica no Brasil. Antes havia apenas pós-graduação.

É uma ciência antiga?

É uma ciência do início do século 20.

Como muitos ramos da ciência, então...

Sim. Ela era um ramo da geologia que agregava temas da física. Então possui nicho de mercado mais amplificado com as escolas de graduação. Há poucos cursos de graduação no Brasil – ainda não o temos na UFMG. Mas quem antes atuava na área eram geólogos – e ainda podem trabalhar – e alguns físicos, que faziam também mestrado ou doutorado em geofísica. E agora tem a graduação.

Há muita demanda por esse tipo de profissional?

É bastante elevada. Para o setor petrolífero, a título de exemplo, geofísica é importante. E agora, a pesquisa mineral está, cada vez mais, aumentando a demanda de trabalho por esses especialistas.

É ele que vai analisar a movimentação da camada mais profunda da Terra?

Também, pois temos a sismologia na área da geofísica.

O que é a geofísica, quais as atividades do profissional?

A atividade de geofísica em geral engloba o estudo da Terra utilizando dados indiretos. Então, a partir do comportamento das ondas sísmicas, do campo magnético e gravitacional da Terra, e a partir de injeção de corrente elétrica no planeta – nós também damos choque nele – e de seu campo eletromagnético, estudamos a resposta da Terra em relação a esses campos e a esses fenômenos que nela existem. Interligamos as questões e tiramos conclusões sobre os fenômenos nas camadas internas – se possui água, se há falhas, enfim, qual o comportamento que está apresentando.

Aqui no Brasil o processo foi inverso: primeiro a pós e agora a graduação. Como está o campo da pesquisa, já que a pós veio antes?

A pesquisa aqui no Brasil, em geofísica, tem áreas de ponta, principalmente em Salvador.

Teórica e aplicada?

Sim. O Rio Grande do Norte está mais ligado à área de sismologia e agora também à do petróleo. Salvador sempre foi dedicado ao petróleo por causa da Petrobras, que tinha um braço direto na Ufba. Foi onde fiz o mestrado. Eles desenvolveram muito a parte teórica e a prática para petróleo.

E o Rio de Janeiro?

Está desenvolvendo muito agora. E São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Paraná também.

O que há na UFMG?

Disciplinas. Faço parte do mestrado da engenharia de transporte e geotecnia. Já tentei estabelecer a área de sismologia aqui, mas esbarra-se no problema de financiamento das agências, porque são necessários investimentos pesados.

E acrescentaria algo, já que a UnB possui estrutura que atende o país?

Sim. Porque conhecemos pouco de Minas. Nessa região aqui, se os primeiros cinco quilômetros da crosta pudessem ser vistos, nós aprenderíamos muito sobre como “estão as coisas lá embaixo”. Conhecendo a geologia é possível procurar, por exemplo, recursos minerais.

Não há esse conhecimento no estado?
Dos primeiros cinco quilômetros, muito pouco.

Mas há equipamentos no Brasil para essa modalidade de estudo?

Sim.

O argumento do mapeamento mineral poderia mobilizar empresas a ajudar a financiar essa estrutura de pesquisa na Universidade?

É caro...

Em que área atua?

Meio ambiente, arqueologia, geotecnia e prospecção de água. Estou trabalhando também com a questão de erosão.

O senhor é o único geofísico da UFMG?

Sou. Na Ufop também só há um.

Existe curso em Minas?

Não. Eles são oferecidos em São Paulo, Salvador, Rio Grande do Sul, Pará e Rio Grande do Norte.

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