Para comemorar os 70 anos do curso de Letras, a Faculdade de Letras (Fale) realiza uma séria de atividades nesta sexta-feira, 18. O destaque deste primeiro evento é a homenagem à professora Maria Luiza Ramos e o lançamento da quarta edição do seu livro Fenomenologia da obra literária, obra criada há 40 anos e considerada hoje um clássico da teoria literária. Com início às 9h, as comemorações serão abertas pelo diretor da Fale, professor Luiz Franscisco Dias. Logo após, a professora Heloisa Starling, da Fafich, fará palestra sobre a importância da aula inaugural realizada em 1941 e que marcou o início da graduação em Letras. Em seguida, às 10h, é a vez de Ângela Vaz Leão, da Fale, falar sobre o nascimento e a consolidação da pesquisa em Letras em Minas Gerais e o papel desempenhado pela Fale nesse contexto. A partir das 14h30, terão início as homenagens a Maria Luiza Ramos, aluna da segunda turma da Fale e uma das precursoras da teoria literária. A primeira delas é mesa-redonda com três temas relacionados à sua principal obra, Fenomenologia da obra literária. Para falar sobre os estudos de Teoria da Literatura na UFMG e sobre o contexto em que foi escrita a obra, foi convidada a própria autora. A professora Eneida Maria de Souza discutirá a importância do livro na formação dos pesquisadores e Roberto Said discorrerá sobre a atualidade da nova edição no campo da teoria literária. Às 16h30, haverá o lançamento da quarta edição do livro. Todas as atividades acontecerão no auditório 1007 da Fale. Na segunda-feira, dia 21, o Portal UFMG publica entrevista com o diretor da Faculdade, professor Luiz Francisco Dias, sobre a trajetória da instituição, suas contribuições à cultura brasileira e as mudanças ocorridas nesse campo de conhecimento nos últimos 70 anos. Sobre o livro
Clássico da teoria literária publicado originalmente há mais de 40 anos, o livro chega à sua quarta edição revisto, o que implicou mudança de enfoque teórico. Nas primeiras edições, a autora abordava a fenomenologia utilizando a teoria de Roman Ingarden. Na atual, ela se vale da obra de Martin Heidegger. Discute a temporalidade, de modo a traçar-lhe um sentido com base não só nos elementos intrínsecos da obra literária, mas também nos dados históricos que a produziram.