Universidade Federal de Minas Gerais

Fotos: Foca Lisboa
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Luiz Francisco Dias: 70 anos da Fale terão novidades


Letras expandiu pesquisa e foco no avanço da ciência, reflete professor sobre os 70 anos do curso na UFMG

segunda-feira, 21 de março de 2011, às 11h16

A Faculdade de Letras da UFMG abriu, na sexta-feira passada, 18 de março, programação comemorativa dos 70 anos de fundação de seu curso de graduação. Para conhecer o percurso dessa área de conhecimento ao longo das décadas, o Portal UFMG conversou com o professor Luiz Francisco Dias, atual diretor da unidade. "Os professores estão mais focados como acadêmicos, como pesquisadores. A ideia da profissão mudou muito", sintetizou Dias.

Graduado em Letras pela Universidade Federal de Viçosa, ele concluiu doutorado em linguística pela Unicamp. Seus temas de estudo abrangem as conexões entre semântica e sintaxe, enunciação e gramática, ensino de português e história das ideias linguísticas. Na entrevista, Dias reconta a história de constituição do curso, as mudanças nas abordagens de ensino e fala sobre a criação do Centro de Memória da Faculdade, que deverá ser inaugurado em maio.

Poderia contextualizar a criação da Faculdade de Letras em Belo Horizonte?

Na verdade, o que surgiu no final da década de 30 foi a Faculdade de Filosofia. Foi criada por um grupo de intelectuais de Belo Horizonte, que sentiu a necessidade de cursos de formação humanística, isto é, formação superior em ciências humanas, e, ao mesmo tempo, de professores de curso superior, que não havia ainda em Belo Horizonte. Quem dava aulas nos colégios eram advogados, engenheiros

Para os níveis básicos?

Sim. De ensino médio por exemplo. Então em 1939 foi criada essa Faculdade de Filosofia, e, após uma série de entraves, os cursos, só começaram em 1941. Daí o fato de nós começarmos a comemoração em 18 de março - nessa data é que houve a aula inaugural de uma série de cursos da Faculdade, entre eles o curso de Letras, Filosofia, História, Química, entre outros. A aula inaugural contou com a presença de Juscelino Kubsticheck, que era, então, prefeito de Belo Horizonte. Ela foi ministrada pelo diretor da Faculdade, Lúcio José dos Santos.

O senhor mencionou a existência de entraves que parecem ter retardado o início do curso. Do que se tratava?

Foram entraves burocráticos, tendo, inclusive, uma particularidade histórica. Todos os professores que criaram a Faculdade eram do antigo Colégio Marconi, explicitamente patrocinado pelo governo da Itália. Nós estávamos justamente no final da década de 30 e início da década de 1940, com toda a discussão sobre a participação da Itália, junto com a Alemanha naquele bloco da Segunda Guerra Mundial. E havia no Brasil debate imenso sobre como o país ia se situar no conflito. Então, isso causou um certo entrave e, efetivamente, depois do início do curso, gerou um problema tão grande que, um ano após ter começado a funcionar no Colégio Marconi, precisou se mudar. Naquele momento, o Brasil já havia definido compor com os aliados na guerra e ficar contra a Itália. Não foi um período fácil. Até para a aprovação do curso houve problemas no Rio de Janeiro, capital federal à época.

Por que o Colégio Marconi? Qual a característica do grupo de professores que vinha dele?

O Colégio Marconi foi criado com uma estrutura de segundo grau tão forte que eram contratados, por concurso, professores catedráticos. Apenas pessoas de formação bastante elevada davam aula no Colégio Marconi. Era a nata intelectual de Belo Horizonte.

A participação deles no curso era um "empréstimo" ou uma parceria?

Era uma parceria com o grupo de professores que fundou a faculdade particular, a Faculdade de Filosofia de Minas Gerais. Foi firmado convênio que possibilitou que o curso funcionasse no Colégio, em seu primeiro ano. Algum tempo depois, por meio de negociações, o governo do Estado cedeu a antiga Escola Normal Modelo, que hoje é o Instituto de Educação, para abrigar as aulas dos cursos, inclusive o de Letras, até 1952.

O curso nasceu dentro de uma discussão ou de um estigma?

Naquela época havia muita dificuldade para criar o curso. Mas os professores eram legitimamente mineiros, que não tinham uma relação com o facismo. O que aconteceu foi simplesmente o fato de o Colégio Marconi ser patrocinado e fundado por italianos. Mas, efetivamente, o curso não teve uma ideologia e portanto não sofreu estigma, nesse sentido de suposta ligação com o facismo.

Foi fundado por italianos de Belo Horizonte ou pelo governo italiano?

O que se sabe é que Mussolini tirou dinheiro do governo para construir o prédio do Colégio Marconi. Então houve a participação direta da Itália na constituição dele. Mas, como disse, não havia vinculação ideológica com esse grupo que formou a Faculdade de Filosofia - pelo menos não passava isso na formação dos alunos.

O nome original era curso de Letras?

Sim. Ele se dividia em dois: Letras Clássicas e Vernáculas - hoje não temos mais essa denominação - e Letras Neolatinas. Isso correspondia ao conhecimento da época. E logo após, em 1943, começou Letras Anglo-Germânicas. Então eram, na verdade, três cursos de Letras...

Que persistiu durante muito tempo na estrutura oficial do curso, não?

Exatamente. Hoje temos a denominação curso de Letras e dentro dele há habilitações refletindo as perspectivas modernas do conhecimento. Mas, completando a respsota anterior, em 1948, a Faculdade de Filosofia passa a integrar a Universidade de Minas Gerais. Deixa de ser particular e a UMG, que era estadual, a acolhe. Um ano após, em 1949, o governo federalizou a UMG. A Universidade continuou com esse nome e, só na década de 1960, adquiriu a denominação de Universidade Federal de Minas Gerais. A Faculdade de Filosofia existiu até 1967. Ela abrigava cursos como o de Física, Química e Matemática. Em 1967, acontece uma grande reforma universitária nas federais e dessa Faculdade de Filosofia sai a Fafich, a Faculdade de Letras, a Faculdade de Educação, o IGC, o ICEx e o ICB. A professora Ângela Vaz Leão, que ainda leciona, mas na PUC, foi a primeira diretora da Fale.

O momento de surgimento do curso era muito rico para a cultura brasileira. Na literatura, na arquitetura, por exemplo, as experiências modernistas ganhavam expressão própria no país. Isso se refletiu na conformação do curso?

Sim. E quem esteve envolvido em sua criação, foram, de fato, os intelectuais de Belo Horizonte. Eram eles quem comandavam e participavam dessas atividades na cidade. Vou citar dois nomes: o primeiro, o professor de literatura brasileira Guilhermino César, um nome importante da literatura modernista e um dos criadores da Faculdade de Letras. O outro, cunhado de Henriqueta Lisboa, escritora conhecida em Minas Gerais, foi José Lourenço de Oliveira - primeiro professor da Faculdade, onde permaneceu até a década de 60. Seu nome está no ato da fundação do curso. Outro cunhado dele, José Carlos Lisboa, foi professor de literatura espanhola na Fale e também escritor. Então, boa parte desses professores eram membros da Academia Mineira de Letras, portanto, intelectuais que participavam da cultura. Alguns recebiam nomes franceses em suas casas para saraus. Então, a intelectualidade da época esteve envolvida na criação do curso de Letras.

Eles estavam em interlocução com outros centros acadêmicos brasileiros, como São Paulo?

Sim. Tanto que a criação da Faculdade de Filosofia, em 1939, nasce como desafio porque, em 1937, dois anos antes, foi criada a Faculdade de Filosofia do Rio de Janeiro - que também abrigava um curso de Letras. A de São Paulo tinha sido fundada em 1932. Então, o grupo de Belo Horizonte considerou que a cidade não poderia ficar longe desses marcos de criação de duas grandes capitais, de dois centros intelectuais e, portanto, ainda na década de 30, decidiu pela formação do curso. Apesar de toda a dificuldade, eles estavam muito ligados e foi um desafio poder se colocar à altura das outras duas capitais no país.

Quantas pessoas a Faculdade de Letras formou nessas sete décadas?

Nós estamos fazendo um levantamento, mas esse número está na casa de nove mil.

De graduação?

Sim. De pós-graduação, há dois anos atrás comemoramos 700 teses e dissertações em estudos linguísticos e o mesmo número em estudos literários. Mas como já houve várias defesas a mais, calculamos em 1.500 teses e dissertações defendidas nos dois programas de pós-graduação, que tiveram início em 1974.

Essa é outra etapa da história da Faculdade em que começa a produção de pesquisa de modo mais sistemático...

Sim. E um dado interessante é que o fundador e primeiro coordenador do programa aqui, na época o mestrado, foi aluno da primeira turma do curso de Letras, de 1941: Rubens Costa Romanelli. Era um aluno brilhante e colou grau em 1943 - o curso de bacharelado tinha duração de três anos.

Revisitando um pouco as abordagens na área de Letras que predominavam nas décadas passadas, o que destacaria?

Na época de criação do curso, a formação era muito forte e sólida em latim, em grego e em línguas consideradas fundamentais para a formação da cultura universal. Então os alunos estudavam, do primeiro ao último ano, espanhol, italiano, francês..

Ele não escolhia...

Não. Eram aulas maciças de língua e literatura grega, latina, francesa, espanhola e italiana. Você não tinha o que há hoje, disciplinas que são modernas, como linguística, psicolinguística, relações entre linguagem e sociologia, história. Não havia nada disso nos cursos. A formação era básica em termos de leitura dos clássicos. Todos os meses era aplicada prova oral. O professor catedrático, geralmente muito severo, ficava em frente ao aluno, sabatinando-o. Imagina como os estudantes sofriam naquela época! Até porque um deslize os expunha: as notas eram divulgadas em ordem de melhor para pior, e com adjetivação. Quer dizer: parabéns, excelente, razoavelmente.

E quem não ia bem?

Recebia algo como sofrível ou razoavelmente. Então não era fácil a vida de um aluno daquela época...

Mas a divulgação era feita publicamente ou apenas para o aluno?

Publicamente. Nós temos um livro hoje com a publicação de todas as notas, com as provas de vestibulares. E o vestibular tinha prova de francês, de inglês, de italiano. As pessoas precisavam conhecer essas línguas minimamente para poder passar no vestibular.

Então esse aluno vinha de uma elite...

Sim. Tanto que eram poucos que faziam o curso. Na primeira turma foram sete alunos.

Quando o curso começa a olhar mais para os processos linguísticos?

Isso ocorre quando o campo da linguagem se abre. E só a partir da década de 60 é que teremos reformas curriculares mais amplas, no sentido de incluir linguística e teoria da literatura. Antes, as pessoas estudavam o texto literário em si, mas sem uma base filosófica, psicanalítica. Todas essas concepções que fazem interface com Letras não existiam no período anterior à reforma.

Esse segundo momento recebe influência europeia?

Exatamente. Franceses, ingleses, com contribuições da filosofia da linguagem e de uma série de campos de conhecimento que foram se desenvolvendo como análise do discurso. Hoje há estudos do som, que envolvem gravações muito específicas, e com máquinas, para mostrar como a onda sonora se propaga, como podemos explicar o processo de surdos-mudos, como está a linguagem deles. Temos aqui laboratórios avançados que acompanham milimetricamente o movimento do olho na leitura de um texto. São laboratórios caros, com aparelho de R$ 200 mil, que compramos recentemente.

Há outros laboratórios nessa modalidade?

Há o de fonética, da tradução e agora o laboratório de psicolinguística, que tem o aparelho mais avançado para essa análise. Então há aparelhos que são conectados no voluntário para experimentos como, em um diálogo com a pessoa, saber como sua mente reage.


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São estudos interdisciplinares?

Sim. Temos ligação com a engenharia, por exemplo. Eles têm vindo aqui, com interesse nesse aparelho que adquirimos recentemente. Mas essa modalidade de estudo foi iniciada nas décadas de 90, 2000, e trouxe como marco a entrada da tecnologia. Antes, a partir das décadas de 1960 e 70, passamos a ter captação de dados em campo. Isso não existia anteriormente. Eram entrevistas e serviam para o estudo sobre como realmente as pessoas falavam e falam - variações de linguagem. A linha surgiu nos Estados Unidos, com o pesquisador chamado Labov. Era então o estudo da língua real, das variações não só fonéticas, mas também no tom de voz. Atualmente, vemos que as variações de léxico são ricas e estamos construindo um mapa linguístico brasileiro.

Quem faz esse estudo?

Começamos as primeiras experiências na década de 80, com o mapa linguístico da Bahia, da Paraíba e hoje há um grupo composto de todas as universidades brasileiras, e todos os estados, que estão com esse grande esforço de finalmente reunir seus estudos. Havia já a experiência de um mapa de Minas Gerais, feito por professor da UFJF e que hoje está sendo atualizado. Nessa área, na UFMG, temos a professora Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, que desenvolve estudos avançados, por exemplo, de toponímia. Ela tem pesquisas muito especificas de nomes de rios, localidades, pontes, estradas. Por meio deles é possível construir uma história do percurso feito pelas populações. Quando é que os negros começaram a chegar nessas localidades? Quando o seu léxico começa a ter nomes de estradas, por exemplo. Vê-se aí a influência das línguas de povos diferentes, no universo local. Desse modo é possível começar a conhecer Minas Gerais por meio dos nomes. É o estudo chamado toponímia, que começa a haver entre nós na década de 70. Em 1940 nem se sonhava fazer isso: a ideia de estudar a área consistia em conhecer a obra de Camões, analisando-a exaustivamente. O professor cobrava, decoravam-se versos inteiros...

Houve uma perda no estudo das obras culturais com essa migração do curso do campo da cultura para o da ciência, se é que possamos afirmar isso?

Houve. Hoje, a formação em Letras não envolve mais aquele professor que conhecia Cervantes. Dificilmente um aluno, acostumado a lidar com esses aparelhos e dados de pesquisas experimentais, lê Cervantes. Só se fizer isso por conta. Mas na Universidade é possível fazer o curso de Letras sem ler Cervantes, por exemplo, Dom Quixote, que é uma obra universal. Mas, jamais, na década de 40, alguém poderia se formar em Letras sem ler Dom Quixote, inclusive o original, em espanhol.

Mas há disciplina aqui em que se estuda literatura espanhola e é possível estudar o livro...

Sim. Se nós tivéssemos um curso de Letras com duração de dez ou 15 anos, caberia tudo. Mas, infelizmente não é possível. Temos alunos que fazem também grego; aí sim, ele lê os clássicos em grego. Mas nós temos, por outro lado, a maioria dos alunos que faz análise do discurso e está mais ligada ao campo da linguística.

Qual o campo de atuação hoje desses profissionais? Se antes era para formar professores no ensino de língua e literatura, o que a formação da faculdade hoje propicia para a atuação profissional?

O curso de Letras tem hoje uma pós-graduação grande e forte, com cerca de 500 alunos entre mestrandos e doutorandos nos dois programas. Uma parte de nossos formandos é absorvida na própria pós-graduação. Eles se graduam e continuam a avançar em seus estudos, até quando concluem o doutorado e fazem concurso em universidades. Somos alimentadores de universidades também. Mas há os outros alunos que se formam no curso de Letras e vão para o mercado trabalhar como professores - alguns, outros não. Infelizmente, a profissão de professor não é tão atraente financeiramente. Faz-se um esforço para que isso seja corrigido, mas temos alunos que vão para escolas particulares e públicas darem aulas.

Simplificando: a faculdade ainda capacita um aluno a ser professor de inglês, por exemplo...

Capacita. Mas os alunos têm a prerrogativa de se especializarem já na graduação. Há perfis diferentes de estudantes. Hoje, quando se fala que alguém é graduado em Letras, pode-se perguntar: mas em que área? Na década de 40, não. Todos tinham a mesma formação. Atualmente, há uma grande gama de disciplinas e o aluno faz o seu curso. Por esse motivo um estudante tem conhecimento diferente do outro. A variaedade é tão grande que pode-se dar ao luxo de fazer especialização em tópicos. Não é a especialização em pós-graduação. Mas na própria graduação ter privilegiado alguns ramos do conhecimento.

Nessas sete décadas, o leitor de jornais também assistiu a mudanças na maneira de as publicações apresentarem críticas de obras literárias. Isso poderia estar ligado à saída desses especialistas em Letras da mídia e a redução de influência da academia na informação cultural?

Hoje, as críticas são feitas por jornalistas responsáveis por uma área cultural inteira. Isso é diferente. Um professor de espanhol da década de 40, era alguém que tinha um conhecimento muito profundo. Então, alunos e professores - entre os pioneiros do curso, por exemplo - estavam presentes nessa mídia. O professor Ayres da Mata Machado Filho foi um dos fundadores do Suplemento Literário de Minas Gerais - experiência que traduziu um bom exemplo da relação da literatura e a imprensa. O Suplemento foi um jornal que começou com matérias autorais de literatura e produziu uma história fecunda. A Faculdade de Letras concluiu a digitalização de todo o seu acervo, desde 1967. E alguns dos outros professores pioneiros do curso também participaram da vida da imprensa e política - como Abgar Renault, por exemplo, que foi embaixador, tinha uma atuação política.

Houve redução dessa influência com as mudanças nas linhas de ensino do curso?

Houve, sem dúvida. Os professores estão mais focados como acadêmicos, como pesquisadores. A ideia da profissão mudou muito. Um professor, que seja coordenador de um laboratório, não tem participação cultural na cidade. Não é demérito. É profissionalização. Hoje, há o conceito de pesquisador: o professor possui bolsa do CNPq, é cobrado por produtividade, deve produzir conhecimento, publicar em revistas científicas nacionais e internacionais. O seu trabalho está voltado para o avanço da ciência. Alguns ainda participam de iniciativas culturais, mas são de uma outra geração. A mais nova é de profissionais pesquisadores que estão muito voltados para a linguística. Os professores da literatura têm uma relação com o fato cultural, mas os da linguística não.

O professor do curso, em seus primórdios, era escritor também...

Exatamente. Mas nós não tínhamos naquela época professores com doutorado. Eles eram catedráticos com graduação. Então eram pessoas que se destacavam na sociedade pela cultura e volume de leitura.

O perfil então mudou entre aquele que sabia muito para o que sabe perguntar...

Sim. Naquela época, o hábito daqueles que tinham leituras mais consolidadas - não havia internet, email, televisão - era de se sentar e dedicar-se ao estudo oito horas por dia, com foco muito preciso. Não era preciso atender telefone a todo momento, não tinha cobrança de currículo e de publicar. O perfil hoje é outro, mudou muito. Você lida com uma rede de integração grande; o professor está ligado a tantas coisas... Isso faz realmente uma grande diferença.

E quanto ao perfil do aluno do curso? Ele saiu dessa elite e depois passou a vir de classes socioeconômicas menos favorecidas. Como é hoje?

O curso de Letras ainda é um receptor de alunos das classes economicamente desfavorecidas. Ele acolhe pessoas que não puderam ter uma formação mais dispendiosa, destinada a cursos mais concorridos, como o de Medicina. Isso não significa que não tenhamos alunos brilhantes. Estamos caminhando para completar 2,5 mil alunos, com o Reuni. Temos estudantes que não deixam a dever, em termos de qualidade.

Vocês estão organizando o Centro de Memória do curso de Letras. Quando será inaugurado?

Será aqui no campus, na Faculdade de Letras. Estamos organizando uma sala de exposições do Centro de Memória. A inauguração será parte da programação dos 70 anos do curso. Estamos trabalhando para que isso ocorra no começo de maio.

Que tipo de acervo ele vai abrigar?

Acervo iconográfico - fotografias de alunos, professores, funcionários, prédios, ambientes de trabalho -, móveis de época, instrumentos do tipo máquina de datilografia e objetos que fizeram parte da Faculdade de Letras. Vamos ter livros publicados por professores desde a época da fundação, além de revistas e acesso eletrônico a dados com o nome de todos os alunos formados.

Esses conteúdos estarão disponíveis na internet?

Estarão. Pretendemos criar um espaço virtual do Centro de Memória. Mas, na inauguração do Centro, abriremos uma exposição dos anos 40. Será basicamente fotográfica.

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