A entrada do prédio da Reitoria da UFMG foi palco nesta quinta, 7 de abril, de manifestação de estudantes que questionavam atraso nas obras do Restaurante Setorial I, possível falha no planejamento da Universidade quanto à expansão do número de vagas decorrente do Reuni, falta de vagas nas moradias universitárias e o posicionamento da instituição com relação ao corte de verbas nas áreas sociais e na educação. A manifestação foi organizada pelo Diretório Central de Estudantes (DCE), Assembleia Nacional de Estudantes (Anel) e Diretórios e Centros Acadêmicos de diversas unidades da UFMG. Integrantes do DCE distribuiram almoço aos participantes, em protesto contra a fila e os preços do Restaurante Setorial II. De acordo com Mayra Garcia, secretária-geral do DCE, a pretensão era também “ganhar visibilidade e atingir o governo federal”. A vice-reitora Rocksane de Carvalho Norton, que foi ao encontro dos estudantes, disse que a manifestação era bem-vinda e pediu que o grupo, de cerca de 40 alunos, permanecesse do lado de fora do prédio, como forma de garantir a integridade do patrimônio público. De acordo com ela, o corte de verbas surpreendeu a Universidade, e negociações a esse respeito estão sendo efetuadas em Brasília pelo reitor Clélio Campolina, visando reduzir os danos. “Tudo indica que não haverá grande impacto sobre a UFMG”, afirmou a vice-reitora. Quanto à demora na construção do Setorial I, Rocksane explicou que o atraso independe da vontade da direção da UFMG, que enfrenta dificuldades burocráticas. A previsão é que o restaurante esteja funcionando em janeiro de 2012. Sobre a questão da estrutura do campus diante do aumento do número de alunos, a vice-reitora lembrou que o funcionamento do primeiro Centro de Atividades Didáticas (CAD 1) já diminui problemas de espaço nas salas de aula. Ela informou também que estão em andamento as obras de construção da Moradia 3. Rocksane Norton recebeu do DCE documento contendo as reivindicações. Para ela, é importante conversar com os estudantes. “Temos mantido aberto o canal de diálogo”, afirmou. Monitoramento de filas No Restaurante Universitário Setorial II, em 2010, a média de tempo de espera na fila era de 3 minutos e 20 segundos. Este ano, os monitoramentos indicam, até agora, tempo máximo de três minutos e 50 segundos e mínimo de 30 segundos. Já no RU campus Saúde, no ano de 2009, quando havia apenas dois caixas, a média de espera nas filas era de 10 a 12 minutos. Já em 2010, com a instalação do terceiro caixa, o tempo de espera diminuiu para algo em torno de 7 a 5 minutos. Nos horários de pico, as filas tendem a aumentar, mas, como demonstram esse trabalho de acompanhamento, os usuários não esperam muito tempo para serem atendidos. “A Fump está sempre atenta ao tempo de atendimento aos estudantes nos restaurantes universitários. Novos estudos estão sendo realizados para diminuir esse tempo”, afirma o coordenador do RU Setorial II, Marco Antônio Schaefer. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Fump)
Umas das questões que preocupam os estudantes, as filas nos restaurantes universitários, já é alvo das atenções da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), responsável pela gestão dos restaurantes. A instituição monitora permanentemente as filas do Setorial II (campus Pampulha) e dos restaurantes do campus Saúde e ICA (Montes Claros).