Universidade Federal de Minas Gerais

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Chacal mostra em performance que continua “reparando no conteúdo da caixa preta do planeta’

terça-feira, 7 de junho de 2011, às 13h22

Um dos ícones da poesia marginal – “seja lá o que isso for”, ele faz questão de salientar – deixou sua marca esta manhã no campus Pampulha. Depois de miniperformance que teve como tema o Rio de Janeiro, cidade natal e musa inspiradora, Chacal disse poemas que falam de política, “pelo menos da política como eu a vejo”. E conversou com o público que não chegou a lotar o auditório da Reitoria, em edição do projeto Sentimentos do Mundo.

Apresentado por Vera Casa Nova, da Faculdade de Letras, como um dos maiores poetas contemporâneos e pelo filme Assaltaram a gramática, em que aparece algumas décadas atrás ao lado de nomes como Wally Salomão e Chico Alvim, Chacal abriu a performance com o poema Ruas – “(...) paro e ando/reparando/do que é feito/o conteúdo/da caixa preta/do planeta”. Lançando mão de recursos simples de luz e sombra, recitou poemas curtos e bem-humorados.

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Já sentado, e sob a luz normal, Chacal leu pela primeira vez em público poemas do livro Murundum, ainda inédito e sem perspectiva concreta de publicação. “Reuni textos feitos especialmente para o livro, que deve marcar os meus 60 anos, e coisas que tenho publicado em blogs e no Facebook”, ele contou.

Sem projeto de poder
Na conversa depois dos poemas, o poeta afirmou que ele e outros artistas eram subversivos porque queriam apenas viver, e não tinham, como a direita e a esquerda, projeto de poder. “Não entendiam como a gente podia não querer o poder, dominar e explorar, sacrificar o prazer das pessoas”, contou, acrescentando que foi preso algumas vezes, mas apenas por estar na noite, sem documentos.

Inspirado pela leitura de Oswald de Andrade, “uma epifania em minha vida”, Chacal explicou que a poesia era um processo orgânico, e que não acreditava em editoras e carreira literária. “Era maravilhoso o tempo do mimeógrafo, que tirava o livro das trevas. E a gente já saía distribuindo, era uma alegria enorme, apesar das dificuldades”, disse.

Chacal falou ainda da indústria cultural, que “vai aparando as unhas da arte que brota nas ruas, porque precisa enquadrar tudo”, e afirmou que, como não tem tanto público quanto o cinema e a música, a poesia é sempre marginal. “Serve para afinar o taco, apurar a sensibilidade.”

Para ele, a academia não estudou as diferenças entre os poetas chamados marginais, que junta todos sob o mesmo rótulo. “Os estudiosos não valorizam a recuperação do corpo promovida pelo movimento, talvez porque a performance seja difícil de estudar. Mas esse é um aspecto fundamental. Desde o nosso modo de atuar, no corpo a corpo, distribuindo os livros de mão em mão, aproveitando a divulgação boca a boca”, disse ele, lançando mão de mais um jogo de palavras.

Ao lado dos poetas Marcelo Dolabela e Ricardo Aleixo, Chacal participa ainda hoje, a partir das 19h30, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento, de debate sobre poesia marginal e movimento estudantil.

Leia mais sobre o ciclo Marginália e Experimentação e entrevista de Chacal ao Boletim UFMG.

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