Temas como trabalho e estresse; hipertensão arterial sistêmica e autocuidado; e a importância da prática da atividade física para a saúde serão discutidos no campus Pampulha, durante o evento Síndrome metabólica: sua idade é a idade de suas artérias, que começa hoje, dia 20, e vai até quarta-feira, 22, no auditório da Reitoria. Assista aqui. Promovido pelo Serviço de Atenção à Saúde do Trabalhador (Sast), em comemoração ao primeiro aniversário da Unidade do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) na UFMG, o evento tem programação ampla, que inclui palestras, mesa-redonda, dinâmica de relaxamento e caminhada orientada. Os participantes também terão acesso a serviços de verificação dos sinais vitais – pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e glicemia capilar. A síndrome Segundo Sérgio Mudado, médico da Funasa que integra a equipe do Siass/UFMG, a Síndrome Metabólica (SM) ou plurimetabólica, que já foi também denominada de síndrome X, pode ser definida como um transtorno complexo, que se caracteriza pela associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares. “Na década de 1980, o endocrinologista americano Gerald Reaven observou que doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estavam, muitas vezes, associadas à obesidade, em especial àquela localizada no abdome”, informa, ao lembrar que tal associação, hoje conhecida como síndrome metabólica, está intimamente relacionada com a doença cardiovascular, cujos portadores têm taxa de mortalidade de duas a três vezes maior que em outros grupos populacionais. Estudos mostram que essa gordura abdominal não é mero depósito adiposo, mas tecido metabolicamente ativo, que se infiltra também nas vísceras e nos intestinos, e produz substâncias que causam resistência à insulina secretada pelo pâncreas, o que desencadeia a síndrome. Mudado adverte que o fato de a síndrome metabólica não gerar licenças médicas na mesma proporção de outras enfermidades – como as de ordem psiquiátrica e ortopédicas – põe em destaque um aspecto importante da doença: “A síndrome é silenciosa. Muitas vezes, os eventos dela decorrentes, como infarto ou acidente vascular cerebral são fatais ou levam à invalidez, e não a pequenos períodos de afastamento do trabalho”. O médico enfatiza que a maioria das pessoas que tem a síndrome metabólica sente-se bem e não tem sintomas, entretanto, estão na faixa de risco para o desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e o diabetes. Ele adverte que as alterações metabólicas e a hipertensão arterial, principalmente quando associadas ao tabagismo, ao sedentarismo e ao estresse, aceleram o processo de arteriosclerose no interior das artérias que nutrem os tecidos do corpo. “Como a arteriosclerose entope os vasos, o suprimento sanguíneo dos órgãos pode ser afetado e, nos casos mais graves, ocorrem os infartos cardíacos e os cerebrais (os ‘derrames’) e de outras partes do corpo, que, quando não letais, podem levar à invalidez prematura e definitiva”. Prevenção Ela comenta que a abordagem das palestras envolve os aspectos relacionados à dislipidemia, que se caracteriza por uma elevação das taxas de gorduras na corrente sanguínea, como colesterol e triglicérides; e a temas como a importância da prática da atividade física para a saúde; a relação estresse e trabalho; proteção articular, obesidade, diabetes e hipertensão arterial. Para Sérgio Mudado, a prevenção deve ser levada a sério. “Na busca por maior longevidade com qualidade de vida, as pessoas devem travar guerra contra a balança que acusa sobrepeso e obesidade, e contra a fita métrica”, diz, ao destacar que a adoção de dieta adequada, a prática de exercícios físicos e abandono do tabagismo são fundamentais nesse propósito. “Fumantes, por exemplo, morrem dez anos mais cedo, o que é muito tempo para a nossa vida tão curta. Afinal, ter uma vida saudável e feliz faz toda a diferença”, comenta. Siass Segundo a coordenadora geral do Sast-Unidade Siass UFMG, professora Matilde Cota Koury, o Subsistema possui três eixos principais: assistência (saúde suplementar): perícia oficial em saúde; vigilância e promoção à saúde. O Núcleo Pampulha funciona na Unidade Administrativa II, no campus Pampulha, de segunda a sexta-feira, de 7h às 21h (telefones 3409-4498 e 3409 4315, e-mail sast@prorh.ufmg.br). Confira a programação: 10h - Palestra: A Síndrome Metabólica Dislipidemia Dia 21 de junho, terça-feira Dia 22 de junho, quarta-feira
A síndrome metabólica, considerada doença da modernidade relacionada aos hábitos de vida, descreve conjunto de fatores de risco que aumenta as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas, derrames e diabetes.
“O tratamento da síndrome metabólica reduz o risco cardiovascular”, informa a coordenadora do Sast, professora Matilde Khouri, ao destacar que o objetivo do evento que o Sast realiza esta semana é discutir os aspectos relacionados à síndrome, para promover a saúde do servidor “por meio de orientações que visam à mudança no estilo de vida, além de colaborar com a prevenção de agravos à saúde”.
Criado há um ano, o Siass tem por objetivo coordenar e integrar ações e programas nas áreas de assistência à saúde, perícia oficial, promoção, prevenção e acompanhamento da saúde dos servidores da administração federal direta, autárquica e fundacional, de acordo com a política de atenção à saúde e segurança do trabalho do servidor público federal, estabelecida pelo Governo.
Já o SAST Núcleo Saúde está localizado à avenida Alfredo Balena, no campus Saúde, no 7º andar do Ambulatório Bias Fortes, no complexo do Hospital das Clínicas da UFMG. Seu horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h (telefone 3409-9564 e email sastns@hc.ufmg.br).
Leia mais.
Dia 20 de junho, segunda-feira
9h - Abertura: Um ano de Unidade SIASS na UFMG
Reitor Clélio Campolina Diniz
Pró-Reitor de Recursos Humanos, professor Lucas José Bretas dos Santos
Coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Samara Maria Douets Vasconcelos Cunha Dias
Coordenadora Geral do Sast Unidade SIASS UFMG, professora Matilde Cota Koury
Antônio Ângelo de Oliveira, médico cardiologista, perito do DER-MG
10h40 às 10h50 - Debate
11h10 - Palestra: A importância da prática da atividade física para a nossa saúde
Ronaldo de Rezende, professor aposentado da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
11h50 - Debate
14h - Palestra: Estresse e trabalho
Lílian Nassif, psicóloga Sast Unidade Siass UFMG
14h50 às 15h - Debate
15h10 - Palestra: Proteção articular e a saúde do servidor
Adriana Fantini, fisioterapeuta Sast Unidade Siass UFMG
16h às 16h10 - Debate
16h10 às 16h50 - Dinâmica de relaxamento
Facilitadora: Ana Maria Chagas Sette Câmara, professora do Departamento de Fisioterapia da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
8h30 Palestra: Obesidade
Ann Kristine Jansen, professora do curso de Nutrição da UFMG
9h20 às 9h40 - Debate
10h - Palestra: Diabetes
Ellen Brandão Leite Faria, médica Sast Unidade Siass UFMG
10h50 às 11h10 - Debate
8h30 às 9h - Saguão da Reitoria. Orientações para a atividade de caminhada.
Ronaldo de Rezende, professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
9h - Caminhada
10h às 10h30 - Lanche após a caminhada
14h - Mesa-redonda - Hipertensão arterial sistêmica e autocuidado
Ana Cristina Fernandes, médica Sast Unidade Siass UFMG
Salete Maria de Fátima Silqueira, professora da Escola de Enfermagem da UFMG
15h00 - Debate
15h20 - Encerramento
15h40 às 17h - Verificação dos sinais vitais: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e glicemia capilar.
Salete Maria de Fátima Silqueira, professora Escola de Enfermagem da UFMG, e equipe