Sete curtas de alunos e ex-alunos do curso de Cinema de Animação e Artes Digitais da Escola de Belas-Artes participam da edição 2011 do Anima Mundi, que será realizada de hoje até 24 de julho, no Rio de Janeiro, e de 27 a 31 do mesmo mês, em São Paulo. Os trabalhos foram produzidos durante o percurso acadêmico dos estudantes, com o objetivo de mesclar o conteúdo teórico à construção de um projeto audiovisual. De acordo com o professor Maurício Gino, chefe do Departamento de Fotografia Teatro e Cinema (DFCT) da Escola de Belas-Artes, o formato curta é ideal para preservar um conceito que se perderia num longa. “Existem pessoas que optam pelo formato sem a pretensão de fazer um filme maior. É o tamanho mais apropriado para a animação”, defende. Na Mostra competitiva, os curtas são O céu no andar de baixo, de Leonardo Cata Preta, Bomtempo, de Alexandre Dubiela, Mais Valia, de Marco Túlio (que propõe uma abordagem de animais com atitudes humanas) e 2004, de Edgard Paiva (obra que narra o processo da busca pela fixação de uma imagem). Na mostra Panoramas do Brasil, a participante é Mirian Rolim, com o curta Breves Instantes. A obra aborda a efemeridade da vida através de uma animação feita com serragem utilizada na produção dos tapetes de festividades religiosas em Ouro Preto. O professor Simon Pedro, do DFTC, apresenta, na mostra Animação em Curso, o curta Concerto. Em Animação para Web, João Dantas e Luhan Dias propõem uma reflexão sobre o consumo exagerado de água em Ainda há tempo (veja e comente aqui o curta). Fábrica de animação As técnicas utilizadas para a construção dos curtas são variadas e o conteúdo deve abordar o tema “vizinho”. O trabalho é desenvolvido presencialmente entre as equipes ou virtualmente com os orientadores, coordenadores e outras equipes que contribuem para o desenvolvimento de cada trabalho. Segundo Mirian Rolim, tutora da equipe da UFMG, esta “é uma chance para os alunos que ainda estão em início de curso desenvolverem a prática em um projeto de repercussão nacional”. Além disso, os estudantes têm a oportunidade de conhecer profissionais atuantes e entrar em contato com o trabalho de outras universidades. Os vídeos serão apresentados no dia 22 de julho, integrando as atividades do Festival de Inverno em Cataguases.
Outros sete alunos participam do projeto Fábrica Animada, que prevê a criação de um polo audiovisual em Cataguases. A iniciativa parte da organização Fábrica do Futuro e propõe que a UFMG, a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e as Faculdades Integradas de Cataguases (FIC) produzam sete micronarrativas em animação, de 30 a 60 segundos, totalizando 21 filmes.