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As professoras Úrsula Ruchkys e Maria Márcia Machado, do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, vão dar treinamento nesta segunda-feira, 18, a funcionários e monitores do Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte. O objetivo é prepará-los para o projeto Férias no Parque, que prevê atividades e oficinas especiais ligadas ao patrimônio geológico, destinadas aos públicos adulto e infantil – a expectativa é de que cerca de 400 crianças visitem o local diariamente. O treinamento é promovido pelo Geopark Quadrilátero Ferrífero . O objetivo é que as informações passem a integrar roteiros do parque e sejam transmitidas a todos os visitantes, já que vários pontos de interesse geológico estão presentes nas trilhas. Monitores e funcionários de diversos setores do parque estarão aptos a transmitir para as crianças de que forma a evolução da Terra pode ser melhor entendida quando se observam serras, rochas e afloramentos. A aula ministrada pelas professoras da UFMG mostra, por exemplo, em que períodos surgiram os itabiritos e o ferro que possibilitou toda a história da mineração, como a diversidade ambiental está diretamente ligada ao dinamismo geológico de bilhões de anos e mesmo como pode ser comprovado que Minas já teve mar – através da “leitura” de marcas de onda em rochas. Numa segunda etapa, é explicado todo o potencial para a região da criação de um Geopark. Segundo a professora Úrsula Ruchkys, a programação terá duração de duas semanas, incluindo jogos e brincadeiras sobre temas ligados a geologia. "O objetivo é aproximar as pessoas, principalmente as crianças, da geologia", ela afirma, destacando também a parceria com a Universidade de Lisboa, que desenvolve o programa Rocha Amiga. Num primeiro momento, a estrutura de aço com belo acabamento está sensibilizando a população para conservar e divulgar esse patrimônio. A longo prazo, o Geopark pretende alavancar o geoturismo e o desenvolvimento econômico e sustentável da região a partir de atividades educativas, parcerias e projetos de capacitação, fazendo uma ponte entre sociedade civil, comunidade científica, governos e empresas. O Geopark Quadrilátero Ferrífero, que prevê a criação de um circuito de quase 30 sítios geológicos e ligados à mineração, será avaliado no mês de agosto por uma comissão de especialistas da Unesco, com o objetivo de integrar uma rede mundial de parques geológicos abalizados pelo órgão internacional. Siga o twitter da UFMG. (Com informações da assessoria de imprensa do Geopark Quadrilátero Ferrífero)
Painéis nos sítios geológicos
A partir de agora, as trilhas no Parque das Mangabeiras serão iniciadas pelo painel recém-instalado na área central, que traz informações detalhadas sobre o Geopark Quadrilátero Ferrífero e sobre as características e riquezas geológicas presentes na Serra do Curral. Outros cinco painéis do mesmo formato foram instalados nos demais sítios geológicos prioritários do Geopark: Pico do Itacolomi, Serra do Rola-Moça, Gnaisse Cachoeira do Campo, Pico do Itabirito e Serra do Caraça. Com financiamento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), os painéis foram executados pelo Instituto Terra Brasilis, em parceria com a UFMG. Eles traduzem para a linguagem leiga os dados científicos.
Leia mais sobre Geopark Quadrilátero Ferrífero em matéria publicada no Portal UFMG.