A Editora UFMG lança hoje, 26, às 21h, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Paraná, o livro Minha voz é tudo o que eu tenho: manifestações juvenis em Berlim e São Paulo, da autora Wivian Weller. O livro evidencia o caráter do hip-hop como fenômeno mundial e promove uma reflexão sobre a juventude contemporânea e suas expressões culturais, valendo-se da análise comparativa de grupos de rap paulistanos e berlinenses. O livro funcionará como uma referência para pesquisadores interessados no hip-hop, manifestação cultural que rearticula simbólica e politicamente o Atlântico Negro nas últimas décadas como expressão-síntese da globalização cultural. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação expressa nos comportamentos e atitudes individuais e sociais que transcende fronteiras. Exclusão aqui e lá Os dados coletados na pesquisa foram baseados na experiência e observação de grupos de discussão e entrevistas narrativas realizadas com jovens negros em São Paulo e jovens de origem turca em Berlim. Foram realizados, no período de 1998 a 2000, cerca de 30 grupos de discussão e entrevistas narrativas-biográficas (história de vida), de grupos masculinos e femininos de duas faixas etárias distintas (14-19; 20-26 anos). Os grupos entrevistados estiveram presentes nas análises e exerceram papel fundamental no desenvolvimento do trabalho. Sobre a autora
Minha voz é tudo o que tenho é resultado de uma pesquisa que mostra que os jovens das cidades pesquisadas têm em comum não somente a paixão pela música e a adesão ao hip-hop, mas também a vivência de situações semelhantes de discriminação e exclusão social.
Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq. Publicou HipHop in Berlin und São Paulo (2003); organizou Qualitative analysis and documentary method in Internacional Educacional Research (2010) e Metodologias da pesquisa qualitativa em educação: teoria prática (2010)