O italiano Antonio Sgamellotti, professor de química inorgânica na Universidade de Perugia, na Itália, membro do Centro de Excelência em Metodologias Científicas Aplicadas à Arqueologia e Arte (Centro SMAArt) e do Conselho Italiano de Pesquisas (CNR), estará na Escola de Belas-Artes da UFMG (EBA) na próxima quarta-feira, 31 de agosto, para participar da segunda edição do Seminário de Pesquisa em Pós-Graduação. Sgamellotti está no Brasil para apresentar a experiência do Mobile Laboratory (Molab) da Universidade de Perugia, unidade móvel equipada com instrumentação científica avançada, de análise não destrutiva de obras de arte e bens culturais. A Ciência da Conservação considera o campo de pesquisa em História da Arte Técnica fundamental para a compreensão contemporânea de dispositivos e sistemas de investigação na área. O Seminário de Pesquisa em Pós-graduação – Ciência e Conservação, pretende discutir e apresentar as pesquisas desenvolvidas na escola, bem como ampliar o debate por meio da presença de pesquisadores de outras instituições, nacionais e estrangeiras. O projeto é uma parceria entre os grupos de pesquisa Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor ), Arte, Comunicação & História – Espaços (Arche) e o Centro de Conservação-Restauração da EBA. Estão abertas as inscrições para o seminário, que acontece de 31 de agosto a 2 de setembro, no auditório Álvaro Apocalypse, na EBA. São 170 vagas, e a inscrição é gratuita, no site do evento. Molab O Molab oferece conjunto único de instrumentação móvel para executar medições multitécnicas sem necessidade de remoção de amostras ou contatos com o objeto de arte, para desenvolver diagnósticos ou para monitorar materiais e técnicas de limpeza antes ou durante a restauração. Nos últimos anos, diversos estudos foram executados pelo Molab em esculturas de artistas como Michelangelo, e em pinturas de nomes como Cézanne, Renoir e Mondrian. De acordo com os pesquisadores da Escola de Belas-Artes, as aplicações do laboratório demonstram como atualmente é possível se chegar a excelentes caracterizações de técnicas construtivas de bens culturais, incluindo a identificação de alterações de materiais, e testar métodos de conservação-restauração inovadores, ou mesmo descobrir novos casos de interesse científico sob o foco da pesquisa. (Com assessoria de imprensa da Escola de Belas-Artes)
O Mobile Laboratory permite o conhecimento mais apurado dos materiais e técnicas que constituem obras de arte e objetos do patrimônio cultural. Obras de arte e bens culturais são compostos por misturas complexas, geralmente feitas com materiais heterogêneos e camadas de materiais desconhecidos. Seus componentes devem ser identificados em escalas de tamanhos diversos, da identificação molecular dos compostos constituintes até o mapeamento de alterações de fases.