Preservar a memória do livro e as técnicas que envolvem sua produção. Esse é o objetivo do Museu Vivo Memória Gráfica, que será inaugurado hoje, às 19h30h, no Centro Cultural UFMG. Com apoio da ONG Memória Gráfica Typographia e Escola de Gravura – que mantém oficina tipográfica em parceria com o Centro Cultural –, será inaugurado, também, o Laboratório de História do Livro. A ideia é possibilitar a criação e manutenção de acervo material – equipamentos, máquinas e objetos diversos – e imaterial ligado às técnicas em exercício, com oficinas, estágios e pesquisas desenvolvidas por estudantes e pesquisadores da UFMG. O laboratório deverá se beneficiar de parcerias com os cursos de Letras (ênfase em edição) e Conservação de Bens Culturais Móveis, além de bibliotecas, ateliês, centros de pesquisa, universidades e outras instituições de ensino no Brasil e no exterior. Além de colóquios, exposições e pesquisas práticas e teóricas, o projeto, coordenado pela professora Ana Utsch, da Escola de Belas-Artes da UFMG, vai oferecer ao público oficinas de edição de texto, caligrafia, ilustração, gravura, tipografia, artes do papel (papel artesanal, reciclagem, marmorização), encadernação, pequenos reparos em acervos bibliográficos, conservação e restauração. Técnicas e práticas Ana Utsch conta ainda que o Laboratório, instalado em sala contígua à do Museu, pretende recuperar técnicas e tradições gestuais. “Esse patrimônio imaterial é facilmente esquecido ou corrompido, daí a importância de reativarmos esses processos”, diz ela. Também no laboratório, bolsistas reproduzirão o passo-a-passo dos processos de fabricação do livro em diferentes momentos históricos, entre os séculos 16 e 19. O Centro Cultural UFMG fica na avenida Santos Dumont, 174 – Centro de Belo Horizonte.
“Esse projeto de extensão vai unir uma série de trabalhos e conhecimentos desenvolvidos na UFMG em torno das técnicas e práticas relacionadas ao livro”, explica Ana Utsch, professora do curso de Conservação e Restauração de Bens Móveis. Haverá um pequeno parque gráfico do começo do século 20, com prensas, e cavaletes de tipos, entre outros equipamentos.