Os três jornalistas fundadores do que se tornaria o curso de Comunicação Social da UFMG – Adival Coelho de Araújo, Anis José Leão e José Mendonça – serão homenageados em sessão solene da Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), nesta quinta-feira, dia 17. A cerimônia, que ocorrerá no auditório Azul da Escola de Ciência da Informação, a partir de 19h, marca o início das celebrações dos 50 anos do curso. Elas ganharão corpo em 2012 com debates, mesas-redondas e iniciativas de resgate da memória institucional, individual e coletiva. Para o professor Delfim Afonso Júnior, chefe do Departamento de Comunicação Social, o cinquentenário representa uma oportunidade para estabelecer um diálogo entre o passado e o futuro. “Não é apenas uma comemoração de cunho afetivo; vamos resgatar documentos dispersos ou desaparecidos”, afirma Delfim. Esse esforço está sendo materializado no Projeto Memória, que tem entre os seus produtos o Acervo 50, resultado do processo de recuperação, tratamento e indexação do material audiovisual produzido e utilizado por alunos, técnicos e docentes ao longo da trajetória do curso. Hotsite e páginas nas redes sociais também darão suporte ao trabalho de valorização da memória do curso de Comunicação Social. História
No início da década de 60, três jornalistas que comandavam a redação do jornal O Diário, de Belo Horizonte, precisavam recrutar profissionais para trabalhar na publicação, mas faltava mão de obra especializada no mercado. Tiveram a ideia de montar um curso rápido, de apenas três meses, para ensinar aos iniciantes os conceitos básicos da profissão. A procura foi tão grande – e surpreendente – que fez aflorar a necessidade de se estruturar um modelo mais sólido de ensino de comunicação. O minicurso entrou para a memória como um embrião do curso de Comunicação Social da UFMG, o primeiro da capital mineira, fundado em 1962.