Credenciado em junho de 2006 para a realização de transplante de coração, o Hospital das Clínicas (HC) da UFMG é, atualmente, o segundo maior centro transplantador do país. O número de transplantes chega a 25 por ano, com ótimos resultados. “Não somos maiores apenas no volume, mas no resultado. Apesar de lidar com 70% dos pacientes em estado gravíssimo, nos últimos 12 meses registramos 0% de mortalidade cirúrgica”, afirma a coordenadora da Cardiologia, Maria da Consolação Vieira Moreira. O HC está entre os 20 centros transplantadores do mundo e, nos cinco anos que vem realizando transplantes de coração, está a ponto de atingir a marca de 100 procedimentos. “Só não realizamos mais transplantes devido à escassez de doadores”, ressalta Cláudio Gelape, coordenador cirúrgico da equipe de transplante de coração. O serviço de transplante de coração do HC recebe pacientes de todo o estado, realizando média de 40 consultas por semana no ambulatório (pacientes de pré e pós-operatório). Existem cerca de 20 pessoas na fila de espera por um coração em Minas Gerais. Coração artificial A equipe já se prepara para realizar o procedimento de implante do coração ou ventrículo artificial – dispositivo que trabalha em paralelo ao coração doente fazendo a função do ventrículo, melhorando as condições do paciente e permitindo que ele tenha uma vida próxima do normal – tão logo seja adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cláudio Gelape fez recentemente pós-doutoramento na Universidade de Miami nessa área. “O processo e o equipamento são caros, e ainda não cobertos pelo SUS. Minha expectativa é que o SUS incorpore essa nova tecnologia dentro de dois ou três anos, devido ao bom resultado apresentado nos principais centros do mundo. Dessa forma, enquanto o paciente aguarda o transplante, fica com o coração artificial fora do ambiente hospitalar e com boa qualidade de vida”, conta. Na Europa e Estados Unidos o coração artificial vem sendo implantado com frequência e já existem quase 10 mil casos no mundo. Porém, há poucos centros com profissionais capacitados para o procedimento, e mais uma vez o HC/UFMG sai à frente.
Os bons resultados do serviço de transplante de coração do Hospital das Clínicas se devem a equipe altamente capacitada e experiente que atua há cerca de 25 anos com transplantes. A equipe é composta por cirurgiões cardíacos, cardiologistas especializados em transplantes, psicólogos, enfermeiros e assistente social.
(Assessoria de Imprensa Hospital das Clínicas da UFMG)