No árduo mundo do balé, as garotas e dançarinos do empresário Boris Lermontov não têm folga: sua vida deve ser devotada à dança se eles quiserem continuar na carreira. A jovem bailarina Victoria Page é uma promessa, e após o sucesso do espetáculo Red shoes, parece que ela terá o mundo a seus pés, até se envolver com o compositor Julian Craster, a contragosto de Lermontov. Esse é o enredo do filme Sapatinhos vermelhos (Reino Unido, 1948), dirigido por Michael Powell e Emeric Pressburger, próxima atração do projeto Cinecentro. A exibição acontece hoje, às 19h, no Centro Cultural UFMG. Sob curadoria da professora Isabel Coimbra, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, a mostra inclui filmes que promovem diálogos ricos entre a dança e o cinema. Segundo a curadora, a riqueza das imagens produzidas pelo cinema consegue transmitir o rigor, a precisão gestual, a suavidade do movimento e a emoção da dança. O encontro entre as duas linguagens, completa Isabel Coimbra, tem sido importante instrumento de divulgação das várias modalidades de dança e gerado pesquisas com abordagens diversas. A mostra prossegue até o dia 15 de dezembro. Confira as próximas sessões: 13 de dezembro – All that jazz , de Bob Fosse 15 de dezembro – O último sonho de Pina Bausch , de Rainer Hoffmann e Anne Linsel
Joe Gideon é um diretor de cinema e coreógrafo mulherengo, que trabalha simultaneamente na edição de seu filme e nos ensaios de um musical. Nisto ele sofre um enfarte e, com a vida por um fio, revê momentos da sua vida, transformando-os em sua imaginação em números musicais. Sua atenção é disputada por 4 mulheres: sua namorada, a ex-esposa, a filha e a Morte, representada por uma bela loira vestida de branco, que conversa com ele de forma bem instigante.
Em 2008, a coreógrafa Pina Bausch selecionou 40 adolescentes não envolvidos com dança para participarem da montagem do balé Kontakthof. Em dez meses de intensos ensaios, liderados pelos dançarinos Jo-Ann Endicott e Bénédicte Billiet, além da própria Bausch, os jovens descobrem o estilo particular da coreógrafa e a potência da expressão corporal. Dos primeiros movimentos desajeitados à elaboração de uma expressividade própria, eles atravessam uma jornada que culmina num imenso crescimento pessoal. O filme guarda os últimos registros filmados de Pina Bausch, falecida em junho de 2009.