Está sendo velado na Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte, o corpo do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, que morreu na madrugada desta segunda-feira em Belo Horizonte. Autor de mais de 40 livros, ele sofria de insuficiência renal e tinha 66 anos. Ele será enterrado às 17h, no cemitério Parque da Colina. Nascido em Papagaios (MG), Queirós era mestre e crítico de arte, trabalhou em diversos projetos de incentivo à leitura patrocinados pela Biblioteca Nacional e pelo Governo de Minas Gerais. O autor estreou na literatura em 1974 com "O Peixe e o Pássaro" e se dedicou principalmente à literatura infanto-juvenil. Seu trabalho mais recente é o autobiográfico"Vermelho Amargo", lançado em 2011. O autor recebeu inúmeros prêmios, entre eles o Jabuti, maior condecoração literária do país, e o prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil e Juvenil de 2008. Bartolomeu foi, além disso, finalista em 2010 do prestigioso prêmio internacional Hans Christian Andersen de Literatura Infantil. Em artigo publicado no site do Ceale há dois anos, a professora da Unicamp Marisa Lajolo lembra que a obra de Bartô, como era chamado pelos mais próximos, passou a merecer, nos últimos tempos, grande atenção no ambiente acadêmico por conta da própria valorização da literatura infanto-juvenil. “A obra de Bartolomeu inspirou não poucos mestrados e doutorados buscando investigar, na produção do escritor mineiro, temas como o lúdico, o misterioso, o maravilhoso ou o sentido do sagrado. Esses trabalhos universitários testemunham a altíssima qualidade da literatura de Bartô’”, escreveu Lajolo, cuja íntegra do texto pode ser lida aqui. (Com informações da Folha On-line)