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O reitor Clélio Campolina Diniz cumpre, em Brasília, nesta terça-feira, 24, agenda movimentada de compromissos institucionais. Às 9h, ele participa da primeira reunião de 2012 da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). À tarde, a partir de 15h15, ele comparecerá às cerimônias de posses dos novos ministros da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação e às respectivas solenidades de transmissão de cargo. A expectativa do reitor é de que o encontro da Andifes tenha clima mais festivo, ligado às solenidades do período da tarde. Mas Campolina disse esperar também que os reitores das instituições federais tratem de pontos importantes de sua pauta de reivindicações, como o aumento da fatia do orçamento dedicada às áreas da Educação e da Ciência e Tecnologia. “Queremos estabelecer pauta clara para quando formos chamados a conversar pelos novos ministros. Mas é importante que essa pauta seja definida com cuidado, porque as universidades têm tamanhos, características e necessidades diferentes”, disse Campolina, em entrevista à rádio UFMG Educativa. O reitor da UFMG manifestou satisfação com a escolha para o MEC de Aloisio Mercadante, que deixa a Ciência, Tecnologia e Inovação para substituir Fernando Haddad. “O ministro Mercadante tem grande experiência política e vai garantir a continuidade da política institucional do governo Dilma. Ele já está muito bem informado sobre a área e poderá fazer excelente articulação entre Educação e Ciência e Tecnologia”, afirmou Campolina. Sobre o substituto de Mercadante, Marco Antonio Raupp, o reitor da UFMG ressaltou o caráter técnico da opção por seu nome. “Foi uma escolha muito fundamentada e feliz, ele tem longa tradição acadêmica, com passagens bem-sucedidas pela SBPC e pela Agência Espacial Brasileira”. Servidores e infraestrutura No caso da UFMG, Campolina destacou que, após a construção dos centros de atividades didáticas (CADs) – dois deles estão prontos e o terceiro está em fase de licitação –, o objetivo é erguer centros destinados a transferência de tecnologia, internacionalização e informatização. Sua gestão pretende ainda promover reformas em unidades como Ciências Biológicas, Educação Física e Veterinária e a transferência para o campus Pampulha da Escola de Arquitetura e da Faculdade de Direito, localizadas na área central de Belo Horizonte. Bônus
O reitor Clélio Campolina voltou a defender o fortalecimento dos ensinos fundamental e médio, “que formam o alicerce para uma educação superior de qualidade”. Além disso, espera que novos recursos para a educação ajudem a valorizar as carreiras dos docentes e dos servidores técnicos e administrativos das universidades – estes últimos, segundo ele, devem ter maior participação na gestão das instituições – e contribuam para ampliação dos investimentos na infraestrutura de suporte.
Depois de ressaltar o papel crucial do Exame Nacional do Ensino Médio, que “permite a comparação do desempenho da educação”, Campolina lembrou que a UFMG chega ao quarto ano de aplicação de seu sistema de bônus, que beneficia estudantes de escolas públicas e aqueles que se autodeclaram negros. “Como estava previsto desde a implantação do sistema, vamos avaliar os resultados e discutir com serenidade a posição da UFMG para os próximos anos”, afirmou o reitor.