Luiza Bongir |
Cerca de 150 pessoas participaram na tarde desta quinta-feira do piquenique indígena no gramado da Reitoria da UFMG, no campus Pampulha. Em clima de integração, o evento contou com comidas típicas e produtos artesanais e foi marcado por cantos e depoimentos sobre a importância e a necessidade dos saberes indígenas para a vida em comum. O evento é a primeira das atividades preparatórias de acolhimento a manifestações de culturas indígenas e afrodescendentes organizadas pela equipe do 44º Festival de Inverno da UFMG. “Ela serviu para mostrar que aqui temos uma comunidade indígena”, ressalta Guldierri Rui Benedito, estudante do curso de Ciências Biológicas. De acordo com ele, a UFMG tem 36 índios cursando ensino superior, sendo 30 em Belo Horizonte e outros seis em Montes Claros. Eles pertencem a diferentes etnias, como Xacriabá, Tuxá e Kambeba, à qual pertence a atriz e estudante de medicina, Danielle Soprano – que atende também pelo nome indígena de Adana Kambeba – e Tupiniquim, de onde veio Guldierri. Atriz do filme Xingu, que narra a trajetória dos irmãos Villas-Bôas, Adana conta que a passagem por Belo Horizonte é parte da missão que vem cumprindo com a sua comunidade. “Em seis anos, retornarei ao estado do Amazonas para trabalhar com saúde”, projeta Adana. Para ela, as comunidades indígenas são vencedoras, por resistirem a séculos de domínio da cultura ocidental capitalista. Luiza Bongir
Guldierri e Adana são representantes da comunidade indígena da UFMG