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Rock, cultura psicodélica e radicalismo político é o tema de palestra que acontece na próxima sexta, 11, no auditório Luiz Biacalho, da Fafich. O assunto será exposto pelo pesquisador Rodrigo Merheb, autor do livro O som da revolução (Civilização Brasileira, 2012), livro sobre música que também envolve áreas correlatas como literatura e cinema. Merheb vai abordar os principais embates estéticos e políticos do rock nos anos 60. Para ele a linguagem musical psicodélica se consolidou a partir da investigação criativa daqueles músicos e das relações ambíguas entre o rock e a militância política que ocupava as ruas e os campi universitários. Segundo ele, a principal característica da linguagem musical daquele período é a experimentação. “Não acho possível apontar uma única linguagem determinante. Os limites da música popular estavam sendo testados. E essa autonomia criativa que o rock adquiriu abriu portas para absolutamente qualquer experiência estética que variava conforme o interesse e a inclinação do criador.” Rodrigo Merheb conta que o livro, base do debate, é um recorte temporal sobre um período da história do rock caracterizado por muita turbulência social e intercâmbio de ideias constante. “Meu desafio foi costurar uma linha narrativa que destrinchasse essa interação e a importância individual dos personagens de um movimento que interferiu decisivamente na cultura contemporânea.” Além de Beatles e Rolling Stones, estarão em debate Bob Dylan, Velvet Underground, Jimi Hendrix, entre outros. A palestra, com entrada gratuita, terá início às 10h30. A promoção é do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social. Outras informações pelo telefone 3409-5072.