Fotos de Foca Lisboa |
Doze esculturas em madeira policromada das cidades do Serro e de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, já começaram a ser estudadas por professores e alunos do curso de Conservação e Restauração de Bens Móveis da Escola de Belas-Artes (EBA) da UFMG. Elas integram conjunto de 40 peças que serão restauradas no campus Pampulha como parte de convênio entre a UFMG – por meio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) – e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). O termo de cooperação inclui ainda capacitação de corpo técnico que atua na conservação e restauração do patrimônio mineiro, por meio de seminários, palestras e workshops, além de estágios supervisionados no Iepha para alunos da Belas-Artes. Também será criado grupo de pesquisa que vai discutir parâmetros de conservação e restauração e será lançado um laboratório móvel de análises científicas para o diagnóstico, in loco, do patrimônio mineiro. As atividades em torno das esculturas dos séculos 18 e 19 estão a cargo de alunos das disciplinas Consolidação de Policromia, que trabalham com pintura de escultura. Aliando teoria e prática, eles realizam exame profundo das obras para elaborar proposta de tratamento. Duas das esculturas serão objetos de trabalhos de conclusão de curso. “Essa parceria, que envolve obras de qualidade, é muito importante para as comunidades, que terão seu patrimônio protegido, e para o curso de Conservação e Restauração, que pode proporcionar experiência inigualável aos seus alunos”, afirma a professora Maria Regina Emery Quites, da Escola de Belas-Artes. A EBA deve receber em breve mais nove obras, algumas de Sabará, e outras 19 numa próxima etapa, ainda sem data definida.
Da esquerda para a direita: professoras Yacy-Ara Froner Gonçalves, coordenadora do curso; Bethânia Veloso, diretora do Cecor; e Regina Emery
Esculturas dos séculos 18 e 19