Técnicas tradicionais de drenagem – compostas basicamente por boca de lobo e rede de esgoto – são insuficientes para conter inundações em grandes centros urbanos, afirma a professora Priscilla Moura, do Departamento de Hidráulica e Recursos Hídricos da Escola de Engenharia. Experiências com uso das chamadas técnicas compensatórias serão discutidas no do IX Encontro Nacional de Águas Urbanas, que começa nesta quarta-feira, 8, e prossegue até sexta-feira, 10, no auditório da Escola de Engenharia, no campus Pampulha. “As pesquisas já demonstram que não dá para pensar o futuro das grandes cidades com as técnicas clássicas”, comenta a pesquisadora, que coordena a comissão organizadora do evento. Trincheiras, bacias de detenção e reservatórios domiciliares são alguns dos mecanismos utilizados para atenuar os efeitos da urbanização, em particular a crescente impermeabilização do solo. “A tentativa é infiltrar o máximo possível de água”, explica a professora. A programação do evento também inclui discussão sobre o Plano Nacional de Saneamento Básico (PlanSab), elaborado com a participação de pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa, entre as quais a UFMG. Entre os temas a serem discutidos estão Hidráulica de sistemas urbanos; Poluentes em áreas urbanas: fontes, acumulação, carreamento e impactos; Mitigação de impactos e recuperação de ambientes degradados; Processos de remoção de poluentes, tratamento de águas pluviais; Restauração de cursos de água urbanos; Cheias urbanas: modelagem, estudos de danos, alerta e planos de emergência e medidas de controle e Fontes não-convencionais de abastecimento: aproveitamento, reuso, reciclagem, águas de chuva. Confira a programação aqui.