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Foi aberta na manhã de hoje, na cidade de Diamantina (MG), a décima quinta edição do Seminário sobre a Economia Mineira, promovido pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar) da UFMG. O evento, que se estende até sexta-feira, dia 31, tem transmissão ao vivo. Na cerimônia de abertura, o reitor Clélio Campolina afirmou que o seminário é um processo histórico de altíssima importância porque congrega pensadores de diferentes áreas do conhecimento para refletir sobre a situação econômica, social e política de Minas Gerais e do Brasil, com abertura para pensar a posição do estado e do país no cenário mundial. “O seminário, ao longo de suas quinze edições, já prestou vasta contribuição de análises econômicas, políticas, sociais, históricas, que constituem, em geral, publicações divulgadas no Brasil e no exterior”, ressaltou Campolina, que destacou também o caráter interdisciplinar do evento, uma vez que ele também foca questões culturais. “A cultura é um elemento central na vida dos povos e o seminário trata não só dos temas acadêmicos convencionais e clássicos, mas também da cultura e sua relação com as demais dimensões da vida”, salientou o reitor. Durante o seminário serão apresentados 146 trabalhos em sessões temáticas, sendo 39 de história, 62 de economia, 20 de demografia e 25 de políticas públicas, além de 33 trabalhos por meio de pôsteres. A agenda cultural este ano inclui a conhecida Vesperata de Diamantina e show com integrantes do Clube da Esquina, em comemoração aos 40 anos do grupo, além de exposição que presta homenagem aos 50 anos de morte do pintor Alberto Guignard (1896-1962), aos 30 anos de morte do professor Eduardo Frieiro (1889-1982), um dos criadores da revista Kriterion, e aos 85 anos de fundação da UFMG. Confira matéria sobre a abertura do evento produzida pela TV UFMG.
Também conhecido como Seminário de Diamantina, o evento bianual, que completa 30 anos, reúne nesta edição cerca de 600 participantes, entre estudiosos do Brasil e estrangeiros, professores e estudantes para expor e discutir questões que vão além da economia e do contexto mineiros. Apresentações e debates serão distribuídos em oito mesas-redondas, três conferências, sete sessões temáticas especiais, curso, workshops e lançamento de livros.
Evolução
Desde sua primeira edição, o Seminário de Diamantina privilegiou a discussão de assuntos relacionados a Minas Gerais, mas o evento também incorporou a sua programação o debate sobre diversos aspectos da realidade nacional e internacional, além de questões teóricas e metodológicas relevantes. O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFMG e coordenador do seminário, João Antonio de Paula, destacou a evolução do seminário ao longo de seus 30 anos. “O seminário foi pensado, inicialmente, para ser uma atividade interna do Cedeplar, a fim de reunir os professores, pesquisadores e alunos para pensar os rumos da instituição e analisar o que estava sendo produzido em termos de pesquisa e ensino. Foi uma primeira edição muito pequena, com umas 40, 50 pessoas. Hoje há mais de 600 pessoas participando”, disse.
De acordo com o coordenador, além do crescimento em números, o seminário se ampliou também do ponto de vista das temáticas. “Inicialmente ele era voltado apenas para Minas Gerais e, hoje, além de Minas, há reflexões importantes sobre o Brasil e os problemas do mundo contemporâneo. Também são promovidas atividades culturais cada vez mais intensas. A ideia é trazer para o seminário reflexões sobre a presença do homem no mundo moderno”, salientou. “O Seminário de Diamantina é, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre Minas, mas também se volta para fora, olha mais longe. É antena, além de raiz”, afirmou.
A solenidade de abertura do seminário contou ainda com a participação do diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, Reynaldo Muniz, do diretor do Cedeplar, Hugo Cerqueira, do diretor da Fundação Ipead e fundador do Cedeplar, José Alberto Magno de Carvalho, do diretor do Instituto Casa da Glória, Ricardo Alexandrino Garcia, do reitor da UFVJM, Pedro Angelo Abreu, e do prefeito de Diamantina, Padre Geraldo Macedo.