As dificuldades de estabelecer fronteiras para a arte em uma época marcada por grande diversidade de meios e linguagens pautarão a edição deste sábado, dia 20, do programa Café Controverso, no Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O assunto será debatido a partir de 11h pelos artistas e professores Brígida Campbell e Marcos Hill, da Escola de Belas-Artes, com entrada franca e transmissão ao vivo. A professora Brígida Campbell desenvolve trabalhos de interferência urbana, instalações e artes visuais. Segundo ela, a dificuldade de entender o conceito está no fato de que a produção artística atua em vários meios e sentidos. Ela afirma que a arte é contemporânea “na medida em que dialoga com seu próprio tempo, articulando e incorporando valores e aspectos culturais da sociedade de hoje”. Campbell também identifica uma crise da imaginação no contexto de criação atual. “Vivemos em um tempo em que as pessoas estão acostumadas a reagir a um conteúdo pronto. Assim, a arte contemporânea exige um trabalho de resposta. Não se trata apenas da estética feia ou bonita”, explica. Para outras informações acesse o site ou entre em contato pelo telefone 3409-8350.
Já o professor Marcos Hill desenvolve pesquisas de análise crítica da arte contemporânea e não vê problemas relacionados à criatividade ou à formação artística, mas na veiculação de trabalhos. “Existe forte atividade produtiva no campo da arte. Toda grande capital possui uma escola com essa finalidade", argumenta. Segundo Hill, há muitos meios que podem contribuir para a visibilidade do trabalho do artista, mas ainda assim a mídia deixa obstáculos no caminho. “O monopólio dos meios de comunicação dificulta que as obras se tornem visíveis”, reflete.