Nem só de violência, tortura e complexos aparelhos repressivos se sustentaram as ditaduras estabelecidas na América do Sul nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Parte da longa permanência desses regimes deve-se ao apoio social conquistado pelos militares por meio de políticas governamentais. Ao mesmo tempo, a resistência não se deu somente pela via armada, alcançando também outros aspectos da vida social, política e cultural. Em sintonia com as novas abordagens sobre os quatro regimes autoritários do Cone Sul, o Grupo de Pesquisa História Política – Culturas Políticas na História, da UFMG, realiza, de 27 a 29 de novembro, o seminário Ditaduras militares em enfoque comparado: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. O evento, que será realizado no auditório Sônia Viegas, na Fafich, abordará as batalhas da memória, novos olhares sobre a repressão, resistência política e cultural e as políticas educacionais, sociais e culturais dos regimes militares. Entre os participantes, alguns dos principais historiadores das ditaduras do continente, como os brasileiros Marcos Napolitano, Daniel Aarão Reis e Rodrigo Patto Sá Motta, a argentina Ludmila Catela e a francesa Maud Chirio, autora do livro A política nos quartéis, em que descreve as divisões internas do exército brasileiro durante o regime militar. Abertas nesta terça-feira, dia 6, as inscrições podem ser feitas por meio deste blog até o dia 23 de novembro ou até se esgotarem as 200 vagas disponíveis. Os participantes que comparecerem a pelo menos 75% das atividades receberão certificado. Mais informações pelo correio eletrônico gpculturaspoliticas@gmail.com. A programação completa está disponível aqui.