Neste fim de semana e na próxima segunda-feira (9 a 12 de novembro), o grupo de pesquisa Teatro Público, do Teatro Universitário (TU) da UFMG, volta a encenar o espetáculo Naquele bairro encantado, em três episódios, nas ruas de Venda Nova. As apresentações se estendem até 25 de novembro, e o local e o episódio da encenação variam a cada dia. As atividades fazem parte da comemoração dos 60 anos do Teatro Universitário da UFMG. Naquele bairro encantado foi criado na região da Lagoinha – bairro de grande importância histórica para a cidade de Belo Horizonte, mas prejudicado por intensos processos de urbanização viária e pela “cracolândia” que lá se instalou. Em março de 2011, os atores alugaram uma casa neste bairro, para ser habitada pelos velhos mascarados que se inseriram no cotidiano dos moradores. Remetendo a figuras de outros tempos, como senhores e senhoras idosos vindos do passado, os mascarados propunham um jogo em que a sua identidade nunca era revelada. Desse modo, os atores já chegavam no bairro devidamente caracterizados e só entravam e saíam de sua residência como mascarados. Eles despertavam a memória dos moradores, convidando-os a compartilhar suas lembranças e histórias. O projeto teve destaque nos cadernos de cultura dos jornais da cidade e recebeu convites para participar de eventos no Brasil e no exterior. A montagem foi uma das atrações do 11º Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte, realizado no mês de junho. O grupo de pesquisa é coordenado pelo professor Rogério Lopes, do TU. Sinopse O coordenador Conheça a programação das apresentações de Naquele bairro encantado. Episódio I – Estranhos vizinhos Segundas-feiras – dias 12 e 19, das 17h30 às 19h30 Caminhadas e atividades cotidianas pelas ruas de Venda Nova Episódio II – Ensaio para uma serenata Sextas, dias 9, 16, e 23, das 20h às 22h Serenatas pelas ruas de Venda Nova Episódio III – Jogo da velha Sábados e domingos, dias 10 e 11, 17 e 18, 24 e 25, às 19h (Assessoria de Imprensa da UFMG)
Um grupo de mascarados visita um bairro da cidade povoando o cotidiano dos moradores com imagens saudosistas do passado. No Episódio I – Estranhos vizinhos, o público é convidado a fazer um passeio pelo bairro, no qual os mascarados realizam ações cotidianas e estabelecem relações com os moradores e transeuntes. Já no Episódio II - Ensaio para uma serenata, o grupo sai pelas ruas oferecendo canções nas residências, com repertório constituído de canções populares de meados do século passado.
O grupo de pesquisa é coordenado pelo professor do Curso Técnico de Formação de Atores da UFMG Rogério Lopes. Ator, diretor e cenógrafo, Rogério é doutor em Artes Cênicas pela Unicamp, e com estágio de doutoramento no ISCTE-Lisboa/Portugal, e graduado em Antropologia pela UFMG. Dirigiu o grupo Peripécias Teatrais de Belo Horizonte por 12 anos, com destaque para a pesquisa realizada com o teatro de rua e a coordenação de projetos de arte-educação para crianças e adolescentes de vilas e favelas. Foi professor no curso de graduação em Teatro da Unicamp, e ministrou diversas oficinas de aperfeiçoamento com máscaras populares brasileiras. Participou, ainda, como ator de espetáculos de máscaras do grupo Barracão Teatro de Campinas (SP) e do grupo Evoé de Lisboa, Portugal.
No quarteirão formado pelas ruas João Lírio dos Santos e Alcides Lins, atrás da Regional Venda Nova
Início na Praça Fernando Monteiro Lara, próximo à quadra Gol a Gol na rua Santa Cruz, próximo à regional Venda Nova
Rua Alcides Lins, 188, atrás da Regional Venda Nova