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O Grupo de Pesquisa Prática: Laboratório de Atuação (Lapa), vinculado à graduação em Teatro da Escola de Belas-Artes, apresentará espetáculo durante o evento de lançamento do 1º International Journal of Arts/Brazil, na próxima semana (19 a 23 de novembro), na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. O evento vai reunir pesquisadores brasileiros e estrangeiros em torno da criação da publicação acadêmica bilíngue (português e inglês), seriada, arbitrada e online, desenvolvida por consórcio de associações brasileiras de pesquisa e pós-graduação em artes (cênicas, visuais e música). O tema que vai nortear as discussões é O conceito de pesquisa na pesquisa em artes. O Lapa vai apresentar peça que resultou de atividades de pesquisa e ensino, e estarão presentes a professora Bya Braga (Maria Beatriz Mendonça), coordenadora do grupo, e os alunos Raíssa Guimarães, Akner Gustavson e Ana Paula Bezerra. (Outro representante da UFMG no evento será o professor Mauricio Loureiro, da Escola de Música.) O espetáculo As pererecas – como se tornar uma besta foi concebido durante a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso do bacharelado em Teatro, que exige projeto desenvolvido em processo de pesquisa com orientação docente e artística. O grupo Lapa se integra também a disciplina da pós-graduação em Artes. O enredo
Com direção colaborativa, As pererecas – como se tornar uma besta tomou como uma das fontes de inspiração para o processo criativo a peça As rãs, de Aristófanes. Segundo Bya Braga, “os jovens atuadores mostram disposição em vivenciar a criação de uma sátira instigante, vigorosa, percebendo que o trânsito entre o homem e o animal traz também a potência de revelação de um corpo híbrido e performativo”. O espetáculo foi apresentado em Belo Horizonte no início deste mês.
Segundo texto produzido pelo grupo Lapa, a peça conta a saga de Dioníso e seu escravo, "que embarcam em viagem ao Inferno onde tudo é incerto. O tédio, a carência e a fome vão gradativamente alterando o estado físico e mental das personagens, de maneira que a fronteira entre o delírio e a realidade se torna cada vez mais tênue. O espetáculo convida o público a entrar em viagem existencial em que o riso é a única arma e a única saída para a humanidade efêmera e caótica".