Novas abordagens sobre os regimes autoritários que se estabeleceram no Cone Sul nas décadas de 1960, 1970 e 1980, serão apresentadas no seminário Ditaduras militares em enfoque comparado: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, que acontece a partir de hoje (terça, 27), no auditório Sônia Viegas da Fafich. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros vão apresentar pesquisas que partem do princípio de que a longevidade desses regimes se deve, em boa medida, ao apoio social conquistado pelos militares por meio de políticas governamentais, e não apenas aos seus complexos e violentos aparatos repressivos. Ao mesmo tempo, a resistência não se deu somente pela via armada, alcançando também outros aspectos da vida social, política e cultural. Batalhas da memória, novos olhares sobre a repressão, resistência política e cultural e as políticas educacionais, sociais e culturais dos regimes militares são temas que reunirão em mesas-redondas alguns dos principais historiadores das ditaduras do continente, como os brasileiros Marcos Napolitano, Daniel Aarão Reis e Rodrigo Patto Sá Motta, a argentina Ludmila Catela e a francesa Maud Chirio, autora do livro A política nos quartéis, em que descreve as divisões internas do exército brasileiro. Organizado pelo Grupo de Pesquisa História Política – Culturas Políticas na História, o evento concederá certificados aos participantes que comparecerem a pelo menos 75% das atividades. Para realização de inscrições e acesso a programação, acesse o site do seminário. Mais informações podem ser obtidas pelo gpculturaspoliticas@gmail.com. Leia mais sobre o evento em matéria publicada no Boletim da UFMG.