Uma das atividades mais recentes da área de extensão da Escola de Veterinária da UFMG levou aos assentados de Pompéu (MG) informações sobre hidratação oral nos bezerros. A escolha do tema surgiu da demanda dos próprios produtores. O projeto Ação para Desenvolvimento de Comunidades de Agricultura Familiar no Município de Pompéu (MG) é coordenado pelo professor Matheus Ramirez, do Departamento de Zootecnia. Como o animal perde líquido quando adoece, para restaurar o volume da composição dos líquidos corporais, utiliza-se a fluidoterapia. Uma sonda que vai da boca até o rúmen (primeiro compartimento do estômago dos truminantes) transporta soro para a reidratação dos animais. Foi esse procedimento que a comunidade, orientada pelos alunos da Escola, aprendeu a praticar no início deste mês. A técnica é simples e de baixo custo, de acordo com Elias Bernardes, aluno do 6° período de Veterinária que elaborou a apresentação sobre o procedimento. “Ela pode ser aplicada no dia a dia para recuperar os animais mais rapidamente e sem nenhum custo adicional”, afirma. O objetivo do projeto é desenvolver ações coletivas que resultem na conscientização de todos os envolvidos, na organização e na mobilização comunitária, visando à autonomia e à capacitação dos grupos organizados para discutir e resolver seus próprios problemas. A proposta foi aprovada pelo produtor José Antônio Dias, conhecido no assentamento como José Romão. “É útil e oportuno recebermos esses conhecimentos. A vida dos colonos está melhorando muito”, diz. Mas não são apenas os produtores que lucram com a ação. “O treinamento é muito importante para os alunos, pois temos contato com o produtor rural no campo e vemos as dificuldades que eles enfrentam. É uma oportunidade de trazer o conhecimento técnico que aprendemos na faculdade, para tentar melhorar as condições dos assentados,” constata Elias Bernardes. (Assessoria de Comunicação da Escola de Veterinária da UFMG)