A oficina O espírito do lugar, prevista para o período de 9 a 12 de fevereiro, vai se debruçar sobre a questão. Durante o período, entre 14h30 e 18h30, os participantes, partindo do Centro Cultural, vão construir uma espécie de mapa subjetivo da localidade, buscando entender e representar seu espírito, características, ritmos, personalidades e contrastes que a determinam. Sob orientação da professora Lia Krucken, cuja pesquisa de doutorado concluída em 2005 aborda a inovação e valorização do território, os participantes serão estimulados a “ler o lugar” por meio de atividades voltadas para a sensibilização do olhar. “Queremos trabalhar no sentido de identificar e resgatar aquilo que chamamos de genius loci, ou o ‘espírito do lugar’, e construir, a partir dele, uma representação coerente com o contexto do carnaval, da vadiagem e da improvisação, que é o tema geral do Festival de Verão deste ano”, aponta a professora. Com essa finalidade, será realizado um roteiro exploratório para registros fotográficos, além de várias sessões voltadas para o desenvolvimento de processos criativos e artísticos. Inicialmente, os participantes farão um treinamento rápido em fotografia. “Em seguida, partiremos em excursão pelo entorno do Centro Cultural, buscando entender, por meio da fotografia e da reflexão, como a cidade constrói a sua identidade”, detalha Lia. Resgate e escolhas “É um reconhecimento que passa naturalmente pelo filtro individual, pelo que cada um vê. Por isso é um mapa vivo, diferentemente do mapa formal. Uma cartografia que contempla locais aos quais realmente se vai, não pontos turísticos que todos conhecem mais de nome do que por tê-los visitado efetivamente”, provoca. O resultado da oficina vai ser exposto no baile carnavalesco que acontece no dia 12, terça-feira, às 20h, com participação do DJ Alexandre de Sena e da Velha Guarda do Samba. Oficina O espírito do lugar Todas as oficinas do Festival de Verão terão como palco o Centro Cultural UFMG, prédio localizado no entorno da Praça da Estação, um dos cartões-postais da capital mineira. Mas qual é o “espírito” desse lugar? Qual é o caráter dessa região? Que conjunto de características - arquitetônicas, econômicas, sociais e culturais - concorrem para a formação de sua identidade?
Lia Krucken explica que grande parte das regiões mais centrais das cidades não são valorizadas. “De certa forma, elas ficam no passado. Por isso, essa oficina convida a desenvolver um olhar de resgate dos elementos e das histórias que estão por trás do que aconteceu e acontece no local, o que inclui desde os materiais utilizados para a construção das edificações até as pessoas que frequentam a região”, aponta.
Lia Krucken: estímulo à investigação do 'espírito' do entorno do Centro Cultural
Local: Centro Cultural : avenida Santos Dumont, 174, Praça da Estação
Valor da inscrição: R$ 20
Público: interessados a partir de 16 anos
Vagas: 20
Carga horária: 16 horas
Período: 9 a 12 de fevereiro
Horário: 14h30 às 18h30
Informações: (31) 3409-6411, festivalveraoufmg@gmail.com e www.ufmg.br/festivaldeverao
Material do aluno: máquina fotográfica