Pesquisadores da Escola de Engenharia desenvolveram dispositivo que mede em tempo real a carga de veículos, por meio da aferição do peso que incide sobre cada roda. Contrato de licenciamento dessa tecnologia será assinado nesta segunda-feira, dia 4, às 9h, no gabinete da Pró-reitoria de Pesquisa, com a Sociedade Empresarial de Empreendimentos Tecnológicos (Sememte). O dispositivo foi idealizado pelos professores Carlos Barreira Martinez, Marcos Pinotti Barbosa e Luiz Antônio Aguirre para facilitar o controle de carga em caminhões. Segundo Juliana Crepalde, coordenadora do Setor de Parcerias, Avaliação e Transferência de Tecnologia da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da Universidade, esse licenciamento é uma exceção, uma vez que a carta-patente relacionada à tecnologia já foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). “Como o processo de concessão de patentes ainda é demorado no Brasil, apesar dos esforços do Inpi para acelerar este trâmite, o que a UFMG licencia na maioria das vezes é a expectativa de direito sobre a patente”, esclarece. A UFMG também firmará com a empresa convênio de cooperação tecnológica, com o objetivo de aprimorar o dispositivo e colocá-lo em condições de comercialização. “Normalmente, além do licenciamento, as empresas firmam com a Universidade convênio desta natureza, para que os pesquisadores auxiliem nas adaptações necessárias para o escalonamento industrial da tecnologia ”, aponta Juliana Crepalde. Celeiro De acordo com Vasconcellos, a tecnologia para pesagem de carga possibilitará maior eficiência na fiscalização feita nas estradas brasileiras. “Com o aparelho acoplado ao veículo, não haverá necessidade de balança”, adianta, salientando que a sobrecarga causa danos tanto aos veículos quanto às rodovias.
Essa é a primeira parceria entre a Universidade e a Sememte, empresa criada por três ex-funcionários da Cemig para levar ao mercado produtos capazes de estabelecer ruptura tecnológica. “A UFMG é um celeiro de conhecimento”, ressalta o diretor-presidente da Sociedade, Marcos Vasconcellos. “Pretendemos levar ao mercado as patentes geradas na Universidade”, acrescenta.