Foca Lisboa/UFMG |
A UFMG firmou na manhã desta segunda-feira contrato de licenciamento de tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Escola de Engenharia para medir em tempo real a carga de veículos, por meio da aferição do peso que incide sobre cada roda. A Sociedade Empresarial de Empreendimentos Tecnológicos (Sememte) vai comercializar o dispositivo. O modelo foi idealizado pelos professores Carlos Barreira Martinez, Marcos Pinotti Barbosa e Luiz Antônio Aguirre para facilitar o controle de carga em caminhões. Também foi oficializado um convênio de cooperação tecnológica, com o objetivo de aprimorar o dispositivo e colocá-lo em condições de comercialização. A expectativa é de que dentro de seis meses o protótipo já esteja testado, e de que em um ano o produto esteja no mercado. O diretor-presidente da Sememte, Marcos Vasconcellos, ressalta que o dispositivo possibilitará maior eficiência na fiscalização feita nas estradas brasileiras. “Com o aparelho acoplado aos caminhões, não haverá necessidade de balança”, adianta, salientando que a sobrecarga causa danos tanto aos veículos quanto às rodovias. Segundo ele, atualmente há 70 balanças no país, mas apenas 30 delas estão em funcionamento. A Sememte foi criada um ano atrás, com o objetivo de levar tecnologias inéditas ao mercado. Crescimento Para Renato de Lima Santos, a parceira entre universidades e empresas é o único caminho para o crescimento da inovação no Brasil. “O investimento público no setor é próximo ao observado em países desenvolvidos, mas o financiamento privado ainda está muito aquém”, avalia.
Primeiro contrato do tipo assinado pela UFMG no ano de 2013, este é também o primeiro licenciamento feito pela Universidade já com a carta-patente concedida. O pró-reitor de pesquisa da UFMG, Renato de Lima Santos, enfatizou o crescimento da inovação na instituição. “O número de depósito de patentes dos últimos três anos supera a quantidade alcançada durante toda a trajetória anterior da UFMG”, ressaltou. Foram depositados 75 pedidos de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2011, e 76, em 2012. Segundo o pró-reitor, a meta é atingir média de 200 a 250 pedidos ao ano.